Com o início da vida sexual cada vez mais cedo, jovens, sem conhecimento da responsabilidade que envolve ter uma relação sexual, recorrem, indiscriminadamente, à afirmação de que a pílula do dia seguinte funciona.
A pílula do dia seguinte não deve ser usada na rotina, e sim em emergências. Foto: iStock, Getty Images
O comprimido também é conhecido como pós-coital e deve ser tomado em até 72 horas após a relação ter acontecido sem proteção. A pílula do dia seguinte funciona, mas, usada com frequência, as doses da pílula podem causar diversos efeitos colaterais, como náuseas.
Pílula do dia seguinte funciona, mas com cuidado
Um dos principais riscos da pílula do dia seguinte está no fácil acesso que as pessoas têm a ela. Esse medicamento contraceptivo é vendido por R$ 15,00 nas farmácias sem receita médica e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) gratuitamente, também sem prescrição médica.
Não são todas as mulheres que podem ingerir a pílula. Mulheres com distúrbios metabólicos, com insuficiência hepática e tromboembolismo devem evitar o uso desse medicamento.
A pílula do dia seguinte funciona, mas se for tomada mais de uma vez por mês acaba perdendo o efeito e, com isso, o risco de gravidez aumenta consideravelmente. Aliás, altas doses desse medicamento podem provocar alterações no ciclo menstrual da mulher, dores de cabeça e diarreias.
Como a pílula do dia seguinte funciona?
Esse contraceptivo não provoca aborto. A pílula do dia seguinte funciona como um bloqueador da ovulação, ou seja, retarda o processo de liberação dos óvulos. Não há formação da parede do endométrio que mantém o zigoto (óvulo já fecundado) preso.
Quanto antes a mulher tomar a pílula do dia seguinte, maior a eficácia dela. Nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida, a porcentagem de eficiência do contraceptivo chega a 88% e vai diminuindo com o passar do tempo.
A não obrigatoriedade da prescrição médica é considerada um avanço de saúde pública. Nos postos de saúde, os enfermeiros estão aptos para fornecer o medicamento na ausência do médico.
Após a utilização da pílula do dia seguinte, é importante esperar a menstruação vir, para que seja iniciado um novo processo em uma nova cartela de anticoncepcional convencional. É essencial ressaltar que a pílula do dia seguinte não funciona com efeito acumulativo.
A pílula do dia seguinte funciona como um recurso emergencial, não como opção rotineira. Esse método da pílula é para ser usado quando a camisinha estoura ou em caso de abuso ou estupro.
O medicamento tem, em sua composição, uma dose muito maior de hormônio do que o anticoncepcional comum.
O Ministério da Saúde liberou o uso da pílula do dia seguinte sem prescrição em função da demora e burocracia do procedimento. Porém, adolescentes devem estar acompanhados pelos pais para retirar a pílula nas unidades de saúde.
Mesmo sabendo que a pílula do dia seguinte age como um bloqueador, impedindo a ovulação, a mulher não pode confiar nesse método cegamente.
É essencial o uso da camisinha – masculina ou feminina -, disponibilizada em postos de saúde gratuitamente. Além disso, existe o uso de anticoncepcional. Sempre exija que o parceiro use camisinha.
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