O daltonismo é a incapacidade de identificar as cores de uma maneira normal. Essa condição é uma deficiência que torna quase impossível perceber diferenças entre algumas cores, principalmente verde e vermelho. Embora a maioria dos casos de daltonismo tenha origem hereditária, é possível que ele seja causado por outros fatores.
Muitas pessoas pensam que os indivíduos identificados como “daltônicos” só enxergam preto e branco, mas esse é um grande equívoco. É extremamente raro ser totalmente daltônico e, além disso, existem muitos tipos e graus distintos de daltonismo.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 12 homens e 1 em cada 200 mulheres no mundo apresentam daltonismo.
Problema pode ser genético
Dentre as principais causas do daltonismo, destacam-se os fatores genéticos. Ele é resultado da recepção hereditária de um cromossomo X geneticamente defeituoso, que geralmente vem de uma mãe portadora e tem 50% de chance de ser passado para o filho.
A filha da mesma mãe terá 50% de chance de também se tornar uma portadora, mas só tem risco de se tornar daltônica se o pai também o for. É justamente por isso que a maioria das pessoas daltônicas são do sexo masculino.
Além das questões genéticas, a condição também pode ser causada por envelhecimento, problemas oculares, lesões, efeito colateral de algum medicamento.
Tipos de daltonismo
O distúrbio pode se manifestar de diferentes formas, variando de pessoa para pessoa. Existem pelo menos três tipos de daltonismo:
Protanopia: é a diminuição ou a ausência total do pigmento vermelho. Por isso, o indivíduo que tem essa condição identifica outras cores no lugar do vermelho, como o marrom, o cinza ou o verde.
Deuteranopia: nesse tipo de deficiência, ao ver as cores, a pessoa não é capaz de identificar o verde, podendo perceber outras cores em seu lugar.
Tritanopia: nesse tipo, há a deficiência no reconhecimento do azul e do amarelo. Assim, é possível que a pessoa veja essas cores em tonalidades diferentes, e não distinga a cor laranja.
Daltonismo tem cura?
Quando a pessoa é daltônica em razão de fatores genéticos, não há tratamento. As lentes de contato, porém, são úteis em algumas situações. Por outro lado, quando essa deficiência é adquirida por outros motivos, a visão pode retornar ao normal se a causa for tratada.
Para quem é daltônico, coisa triviais para pessoas não portadoras da doença podem ser uma experiência frustrante e, muitas vezes, perigosa. Muitos daltônicos não conseguem cozinhar, já que é difícil diferenciar alimentos maduros ou não, como as bananas e os tomates.
Além disso, as crianças daltônicas podem ter problemas na escola com leitura e com outros aspectos da aprendizagem. É importante que os professores sejam informados sobre as condições desses alunos.
Ainda, para alguns, a maior frustração é não ser capaz de prosseguir a carreira que sempre sonhou. Algumas delas, como as que envolvem arte e design, por exemplo, são opções difíceis para as pessoas com daltonismo.
Obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também pode ser um problema. A Resolução nº 80/98 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que o candidato deve ser capaz de identificar as cores vermelha, amarela e verde – o que nem sempre é possível para os daltônicos.
Entretanto, tramita no Senado Federal um projeto de lei que visa alterar o formato dos semáforos, justamente para favorecer os daltônicos. Pela proposta, será possível identificar as indicações através de diferentes formatos (a cor vermelha seria quadrada, a amarela triangular e a verde circular).
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!