O Dia Internacional da Síndrome de Down é lembrado em 21 de março. Por iniciativa do Brasil, desde 2012, ele faz parte do calendário oficial da Organização das Nações Unidas, sendo destacado em todos os 193 países-membros da entidade.
A seguir, confira as informações sobre a data e também um emocionante relato da mãe de uma criança com Síndrome de Down.
Origem do Dia Internacional da Síndrome de Down
A escolha da data tem um significado bem especial. O Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado em 2006 pela Down Syndrome Internacional (DSI). A data faz referência aos três cromossomos no par número 21 que as pessoas com essa síndrome possuem.
De acordo com a Down Syndrome International, o Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado para que as pessoas com a condição, e aqueles que vivem e trabalham com eles, organizem e participem de eventos e atividades para conscientizar o público sobre a realidade da síndrome.
Outro objetivo é criar uma consciência global para que sejam cada vez mais reconhecidos direitos às pessoas com a deficiência – gerando, assim, uma maior inclusão dessas pessoas.
Maria Fernanda, no centro, é símbolo do engajamento da família e dos amigos. Foto: Arquivo Pessoal
Uma trajetória de força e coragem
Quando descobriu que seria mãe de uma menina com Síndrome de Down, a jornalista Ana Flavia Jacques, 32 anos (ela engravidou com 29), viveu um misto de emoções. Por um lado, o questionamento.
Por que, logo ela, teria uma filha com Síndrome de Down? Junto a isso, veio o medo do inesperado, do diagnóstico, ainda na gestação, de uma cardiopatia congênita.
Quando Maria Fernanda nasceu, veio o alívio, pois havia vida. A cardiopatia congênita, o maior risco à vida de Maria Fernanda, não impediria o crescimento e desenvolvimento da pequena “Cerejinha”, como ela passou a ser chamada.
Maria Fernanda é uma criança amada e querida pela família, amigos e colegas da escola. “Ela é o xodozinho de todos. As crianças a amam muito”, comemora a mãe. E as crianças, reforça Ana Flávia, são “sensacionais” porque a discriminação parece ser algo adquirido à medida em que as pessoas crescem e aprendem uma série de padrões.
“Aí que está o problema: os tais padrões. E tudo que fuja a eles ‘não serve'”, relata a jornalista. “Por isso as crianças não têm preconceito. São ótimas com a Maria. Não percebem as diferenças. Se percebem não encaram como um problema. Quem dera se todos os seres humanos pudessem manter a essência de entender que todos somos diferentes e que não há mal nenhum nisso”, completa.
Ana Flávia é uma das fundadoras do Minas Down, grupo criado para reunir familiares e profissionais de Minas Gerais que tenham contato com pessoas com Síndrome de Down. Ela também é colaboradora da coluna Mamãe Down Up do blog Tudo Bem Ser Diferente, além de administrar a Fan Page Cerejinha Baby.
Apoio da família é fundamental para o desenvolvimento da criança com Down. Foto: iStock, Getty Images
Participe do Dia Internacional da Síndrome de Down
A Down Syndrome International possui uma série de iniciativas que estimulam as pessoas a participarem das comemorações. Desde 2011, por exemplo, no dia 21 de março, são lançados filmes cujas estrelas são as pessoas com Síndrome de Down.
Os temas variam bastante. Em 2012, foi educação das pessoas com Síndrome de Down. Em 2013, a empregabilidade. Já em 2014, os cuidados de saúde. A participação se dá através de grupos e entidades.
No Brasil, estão programados 21 eventos em referência ao Dia Internacional da Síndrome de Down. Por exemplo, se você estiver em Belém, no Pará, poderá participar do “Cinema Down”, que exibirá o vídeo “Assim como Você”, do Movimento Down. Já em Brasília, haverá a “Caminha Down”, a partir das 9 horas, no Parque Olhos D’Água.
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