Você já ouviu falar no DIU? A agitação do cotidiano, os inúmeros compromissos e o estresse podem deixar a cabeça de qualquer mulher propensa a esquecimentos. Ela pode esquecer de coisas simples ou mais complexas, como o comprimido anticoncepcional. Esta aí a principal vantagem do uso do Dispositivo Intrauterino.
Trata-se de um método anticoncepcional que consiste em um dispositivo hormonal (progesterona) ou que não contenha hormônio (cobre) colocado dentro do útero para impedir que o espermatozoide fecunde o óvulo, no caso do DIU de cobre, e a ovulação, no caso do dispositivo hormonal.
É um método de fácil inserção, desde que colocado por um profissional habilitado, como explica o médico ginecologista Odilei Braga, professor do curso de Medicina da Universidade Anhanguera, de São Paulo.
Outras vantagens do DIU
Além de não precisar se preocupar diariamente com o comprimido, reforça o médico, a mulher que usar o DIU não precisará tomar injeção mensal ou trimestralmente. “Também é indicado para pacientes que tenham intolerância gástrica ou que sejam contraindicadas para medicação hormonal”, completa Braga.
Mesmo diante da lista de benefícios, o médico aponta algumas desvantagens do uso desse método anticoncepcional. Segundo Braga, podem ocorrer sangramentos e rejeição pelo organismo de algumas mulheres.
De acordo com um artigo publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, a inserção do dispositivo de cobre no organismo pode aumentar em até 30% a perda de sangue no período menstrual da mulher, consequentemente, haverá mais cólicas.
Apesar de não haver uma idade adequada de começar a usar o DIU, o professor ressalta que é aconselhável que a paciente tenha pelo menos um filho e parceiro fixo, já que o dispositivo não protege das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
Há pacientes que se queixam de um pouco de dor. Mas, diz Braga, isso depende muito de cada paciente. Segundo ele, é aconselhável que o DIU seja inserido nos últimos dias da menstruação, quando o processo fica mais fácil e há menos desconforto para a paciente.
“Após a inserção, a mulher pode realizar suas atividades normais, não é necessário repouso e pode apresentar cólicas que passam em um dia. Será reavaliada em 40 dias e depois em exames ginecológicos de rotina”, explica o médico.
Restrições ao uso do DIU
Mulheres com suspeita de gravidez, com câncer de colo de útero, doença inflamatória pélvica ou com sangramentos anormais, não devem usar o dispositivo. “A paciente deve sempre ser avaliada por um ginecologista. Juntos, e através de exames, os dois encontrarão o melhor método para a anticoncepção”, destaca Braga.
Com a avaliação médica periódica, o dispositivo pode permanecer inserido por até 10 anos. E pode ser removido por opção da paciente a qualquer momento. Da mesma forma, se houver necessidade ou desejo de mudar o método anticoncepcional, a transição é simples. “Desde que seja feita pelo médico”, salienta.
No caso da transição para outro procedimento, continua o professor, para estar protegida de uma gravidez indesejada, a paciente deve redobrar os cuidados nos primeiros 30 dias do início ou da troca do método.
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