No Brasil, diariamente, nascem 931 bebês prematuros por dia. O País tem um índice de prematuridade de 12,4%, o dobro do percentual de alguns países da Europa. Os dados são do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério da Saúde. Mas, estudo mostra que, identificadas a tempo, essas situações podem ser evitadas.
Ao redor do mundo, são diagnosticados 15 milhões de casos de bebês prematuros. No Brasil, somente em 2012, foram 340 mil registros de crianças prematuras.
São ocorrências como essas que um estudo, coordenado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pretende diminuir ou evitar. A pesquisa mostra condições que estão associadas com o risco de um parto prematuro, apontando soluções para o problema.
“A pesquisa mostra que parte dos riscos podem ser identificados pela mulher e pelos serviços de saúde a tempo do médico intervir ou corrigir os problemas, ou tentar minimizar suas consequências”, afirma um dos autores do estudo, Renato Passini Júnior, da Unicamp.
Quando acontece nascimento de bebês prematuros
O parto prematuro ocorre quando a gestação dura menos de nove meses. Ele pode ocorrer de forma espontânea ou induzida. A maioria dos bebês prematuros nasce de forma espontânea devido a dois problemas principais: trabalho de parto prematuro ou quando a bolsa rompe antes de fecharem os nove meses.
Já os partos prematuros induzidos ocorrem quando há a necessidade de interrupção da gravidez por problemas da mãe ou do feto.
O estudo da Unicamp acompanhou durante um ano mais de 30 mil nascimentos em 20 maternidades de referência das regiões Sul, Sudeste e Nordeste e apontou os principais riscos para nascimentos de bebês prematuros no Brasil.
O objetivo foi identificar e mapear mais de 100 fatores de risco para o parto prematuro espontâneo e o induzido. Esse é, provavelmente, o maior estudo de fatores de risco gestacionais e pré-gestacionais para o parto prematuro já realizado no Brasil, com o enfoque obstétrico do problema.
Riscos de nascimento de bebês prematuros
De acordo com Passini, riscos como a gravidez múltipla e defeitos na formação das crianças (malformações fetais) podem ser identificados com um ultrassom realizado precocemente durante o pré-natal.
Caso esses e outros problemas sejam diagnosticados, pelo ultrassom ou pelo exame clínico da gestante, as visitas ao médico têm de se tornar mais frequentes e o acompanhamento da gestante, ainda mais personalizado.
Por isso a importância de fazer o pré-natal e de manter acompanhamento médico durante todo o período da gravidez. Isso ajuda a manter a saúde da mãe e do bebê que vai nascer.
As futuras mães também devem estar atentas a sinais importantes, que elas mesmas podem identificar, como sangramento por via vaginal, aumento de cólicas e alguns tipos de corrimento durante a gravidez são sinais de alerta. Quando eles aparecem, é preciso procurar um médico imediatamente.
Mesmo que o sangramento tenha parado, o médico deve ser informado. “Infecções urinárias como cistites e pielonefrites são as mais relacionadas ao parto prematuro”, diz Passini. Alguns tipos de corrimentos podem indicar vaginose bacteriana, outra causa do nascimento de bebês prematuros.
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