A insulina inalável deve começar a ser vendida no Brasil no ano que vem. Está prevista para 2016 a comercialização do produto que já vem sendo vendido nos Estados Unidos desde o início desse ano e que promete livrar diabéticos da incômoda picada de agulha. Com isso, deverá ser menos complicado controlar o açúcar no sangue de quem sofre da diabetes tipo 1.
O nome comercial que a insulina inalável recebeu nos Estados Unidos é Afrezza e consiste em um pequeno inalador, bastante parecido com a bombinha usada para o controle da asma. Esse inalador contém pequenas partículas de insulina. Ao serem aspiradas pela boca, essas partículas entram na corrente sanguínea quando são absorvidas pelos pulmões.
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Injeção de insulina antes de refeições vai poder ser trocada por versão inalável. Foto: iStock, Getty Images
Insulina inalável antes das refeições
A insulina inalável substitui a injeção do medicamento de rápida absorção que se torna incômoda especialmente porque precisa ser feita várias vezes ao dia, sempre antes das refeições. A mesma sequência é necessária para a versão inalável, mas menos desconfortável.
É preciso que as doses sejam ministradas antes das refeições justamente pelo fato de que, quando a pessoa se alimenta, necessita de grandes quantidades de insulina para retirar o açúcar do sangue, que será transformado em energia.
Do mesmo modo que acontece com a versão injetável, a inalável alcança o organismo entre 12 a 15 minutos depois de administrada.
Apesar de ser uma boa notícia para os diabéticos que querem se livrar das injeções, a insulina inalável atende apenas uma parte desses doentes. A versão a ser inalada vai servir somente para quem possui um dos tipos da diabetes que exige a aplicação do hormônio.
A versão inalável da insulina substitui somente a injeção de efeito rápido, aquela que deve ser aplicada sempre antes de cada refeição, em uma média de três a cinco vezes por dia. A de efeito lento, aplicada até duas vezes ao dia, deve continuar a ser aplicada no modo injetável.
Estudos com a insulina inalável
Segundo informações do portal da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Rio Grande do Sul (Sbem-RS), as pesquisas e estudos que testaram a segurança e a eficácia da versão inalável foram feitos em três mil participantes, pacientes com diabetes tipos 1 e 2.
A comparação entre as versões inalada e injetável foi feita durante 24 semanas. O estudo foi repetido também em comparação com outros tipos de remédios orais contra a doença do tipo 2. Nos dois casos, a aplicação da insulina inalável foi bastante positiva.
Os resultados a longo prazo ainda devem ser vistos com bastante cuidado. Há alguns anos, a versão inalável foi lançada no Brasil, mas houve problemas e foi retirada do mercado. Um deles era que a insulina nesse estado provocava problemas respiratórios, sem falar que aparelho era muito grande.
Com esse novo aparelho que deve chegar ao Brasil em 2016, esse problema não deve existir. O novo medicamento tem partículas menores que não devem ficar retidas nos brônquios, evitando, assim, os problemas respiratórios.
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