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Craniossinostose atinge bebês e exige diagnóstico precoce

Por Redação Doutíssima 24/06/2015

De nome complicado, a craniossinostose é uma doença provocada por uma anomalia genética que causa problemas na formação do crânio dos bebês. O único tratamento é a correção cirúrgica, que deve ser feita assim que a criança for diagnosticada como portadora.

 

Essa é uma condição rara que, segundo o serviço nacional de saúde (National Health Service) do Reino Unido, atinge uma criança a cada 1800 a 3000. Estima-se que três em cada quatro bebês afetados são meninos.

craniossinostose

Condição genética causa problemas na formação do crânio do bebê e precisa de cirurgia. Foto: Shutterstock

 

O que acontece em bebês com craniossinostose

De acordo com o Centro de Pesquisa sobre Genoma Humano e Células Tronco, da USP, a doença provoca o fechamento prematuro de uma ou mais suturas dos ossos do crânio. Assim, os ossos crescem disformes para compensar a falha.

O crânio humano não é formado por apenas um osso, e sim placas ósseas que se encaixam para dar o formato arredondado. As suturas são pequenos espaços de tecido elástico entre os ossos do crânio que permanecem moles até o nascimento do bebê, facilitando a passagem da cabeça pelo canal vaginal na hora do parto.

Até o segundo ano de vida, todas as crianças têm essas pequenas fendas fortificadas pelo processo natural de maturação dos ossos e do cérebro.

Em casos de craniossinostose, uma ou mais partes podem ser unidas ainda durante o desenvolvimento do feto. Ao fechar a sutura, os ossos crescem de forma desordenada para criar espaços no crânio. O cérebro pode ter seu desenvolvimento comprometido e causar problemas neurológicos na criança.

É comum o bebê com craniossinostose ter uma aparência disforme na cabeça e até no rosto. Cirurgias tendem a corrigir o problema e modificar o visual para ficar mais harmônico. Em alguns casos, após a cirurgia fica muito difícil notar que havia deformações no formato da cabeça.

Causas da craniossinostose

Existem mais de 150 síndromes que podem causar essa má formação no crânio dos bebês e todas elas estão ligadas a defeitos genéticos. Para descobrir o que causou a condição, é preciso fazer testes que identificam o gene defeituoso.

Essa doença também pode surgir de outros fatores também genéticos, do desenvolvimento no útero ou infecções. Alguns remédios anticonvulsivantes, se ingeridos pela mãe durante a gravidez, podem causar a craniossinostose.

Cirurgia é o único tratamento

Após identificada a craniossinostose, o bebê terá que passar por pelo menos um procedimento cirúrgico para corrigir o crescimento dos ossos do crânio e permitir o desenvolvimento normal do cérebro. É comum que a cirurgia seja feita antes do primeiro ano de vida.

Apenas o médico envolvido poderá detalhar como vai ser a cirurgia, já que cada caso é único. O neurologista e o profissional especializado em cirurgia crânio-maxilo-facial são os responsáveis por esse tipo de correção.

Algumas crianças precisam passar por mais de uma cirurgia durante a vida. O crescimento e desenvolvimento do corpo podem sofrer alterações no seu decorrer, exigindo que criança passe por procedimentos novamente quando mais velha.

 

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