Saúde Mental

Amor de tia: carinho que faz diferença na educação das crianças

Por Redação Doutíssima 01/07/2015

Muito se fala sobre o amor de mãe e o de avó, mas há também um outro tipo de sentimento que vem para somar: o amor de tia. Na criação dos filhos, ter uma rede de relacionamento próxima faz muita diferença tanto no desempenho dos pais quanto no desenvolvimento da criança.

 

Não ter filhos, hoje em dia, não é mais uma questão de saúde, é também uma opção. E o que dizer daquelas mulheres que, mesmo já sendo mães, ainda tem tanto  amor para dar que distribuem o seu afeto para os pequenos? É nesses casos que o amor de tia (de tio, primos, amigos) contribui na ampliação das relações afetivas entre adultos sem filhos e crianças do convívio próximo.

amor de tia

O carinho de alguém próximo faz muita diferença no desenvolvimento de uma criança. Foto: Shutterstock

“O amor é como a gasolina, e o amor de tia é como a gasolina aditivada: adiciona ao afeto dos pais” explica Cris Manfro, psicoterapeuta, terapeuta de família e casal e especialista em terapia cognitiva comportamental.

Quando os pais confiam a criança aos cuidados de alguém, dividem a tarefa de ensinar e orientar e demonstram ao filho a importância de manter o convívio, compartilhando o carinho e o amor com mais pessoas.

Amor de tia é único

“Diferente do que muita gente pensa, o amor de tia não é uma substituição”, enfatiza a terapeuta, referindo-se aos casos das tias que não têm filhos próprios. A escolha de não ter filhos não significa a falta de vontade de conviver com o universo infantil.

É com sobrinhos que muitas mulheres (e homens também) exercem um papel afetivo diferente daquele que têm com o companheiro e com outros familiares. “As tias cumprem seus papéis de cuidado, de amor, de segurança com os pequenos”.

Razões para valorizar o amor de tia

Como o amor de tia adiciona afeto e ajuda no desenvolvimento da criança, é preciso cultivar esse sentimento importante não só para o pequeno, mas também para os pais. Confira alguns motivos para valorizá-lo:

1. Benefício para a criança

A psicoterapeuta comenta que quanto mais relações afetivas de cuidado e proteção, melhor para a criança.

2. Criação com segurança

Pais que têm em quem confiar seus filhos se sentem mais seguros na criação deles.

3. Intimidade do casal

Contar com a ajuda de amigos e parentes para ficar de olho nos pequenos permite aos pais que tenham momentos como casal.

Cris explica que em qualquer situação da vida, contar com um time de apoio traz resultados mais benéficos para o desenvolvimento de todos os envolvidos.

4. Desenvolvimento da autoconfiança

Crianças que crescem se sentindo acolhidas têm mais confiança em si mesmas, são mais seguras do seu valor e da sua capacidade.

5. Aprendizado

Pessoas diferentes têm conhecimentos diferentes para ensinar aos pequenos.

Limites mantêm a boa relação

Ciúmes, chantagem e algumas outras atitudes e sentimentos ruins podem surgir ao compartilhar a atenção dos filhos com outras pessoas. Para evitar problemas, Cris enfatiza a importância de se estabelecer limites claros.

Os pais é quem tomam as rédeas na decisão de como educar os filhos, e as tias, tios e avós precisam respeitar essas decisões.

A comunicação clara e aberta é o melhor caminho para ter sucesso no compartilhamento dos filhotes. “Toda relação que tem combinações bem claras dos direitos e deveres de cada um não tem problemas”, ressalta.

 

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