Hipospádia é um defeito congênito na formação do trato urinário. O final da uretra, canal que leva a urina da bexiga para fora do corpo, não fica na ponta do pênis nesses casos. A Sociedade Brasileira de Urologia considera o problema frequente, com um caso a cada 125 a 250 meninos.
A hipospádia
Meninos com hipospádia nascem com a saída da uretra deslocada. Em vez de estar na ponta do pênis, pode estar em qualquer lugar ao longo do membro ou até na região escrotal.
A condição também afeta meninas, mas a incidência é rara. Nesse caso, a criança nasce com o final da uretra dentro do canal vaginal.
Além de comprometer a estética natural do pênis, essa condição pode deixar o membro torto e causar dificuldades de ereção. Em casos de hipospádia a urina pode não sair em um jato, e sim com gotas em diferentes direções ou como um spray. Isso dificulta o hábito masculino de fazer xixi em pé.
Segundo o Centers For Disease Control and Prevention (Centro de Prevenção e Controle de Doenças), do governo dos Estados Unidos, as causas da hipospádia não são muito claras para a medicina, mas alguns fatores estão ligados às ocorrências da condição.
Mães com mais de 35 anos e obesas têm mais chances de ter filhos com hipospádia, bem como as mulheres que fizeram tratamentos de fertilidade. Alguns hormônios, quando ingeridos logo antes ou durante a gravidez, também demonstraram aumentar o risco de ocorrências.
Tratamento para hipospádia
De acordo com o Royal Chlidren’s Hospital de Melbourne, na Austrália, as opções de tratamento variam de acordo com a severidade do caso de hipospádia. A condição geralmente é observada pelos médicos ao fazer o exame físico do bebê logo após o parto.
Investigações da situação do trato urinário podem ser feitas para verificar se há outros problemas, especialmente se a hipospádia for severa. Na maioria dos casos, é feita cirurgia para corrigir a má formação.
O procedimento cirúrgico pode ser feito cedo, como aos quatro meses, mas a idade mais adequada, segundo a instituição de saúde, é entre seis e 18 meses. A cirurgia depende de diversos fatores, tornando cada caso único.
Em geral, a intervenção cirúrgica corrige a má formação para que o menino que nasceu com hipospádia consiga urinar um jato contínuo e de pé. Também é corrigida a curvatura do pênis, para evitar dores durante a ereção e a aparência geral do membro.
Mesmo em casos considerados mais simples de hipospádia e que não comprometem o sistema urinário, a cirurgia é considerada. O final da uretra deslocado pode causar problemas de auto-estima que se refletem na vida sexual dos portadores da condição.
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