Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), o enfisema, junto com a bronquite crônica, é um problema que afeta os pulmões. Em ambos os casos, esses órgãos ficam comprometidos, afetando a capacidade de respiração do indivíduo. Conhecer as causas e saber como prevenir a doença é uma forma de manter a saúde em dia.
O que é o enfisema
Considera-se um enfisema quando os alvéolos, pequenos sacos que colocam o oxigênio em contato com o sangue, ficam cheios de ar, inchados. As paredes dessas bolsas perdem elasticidade e ficam permanentemente infladas, prejudicando a troca do ar natural à respiração.
A maior causa de enfisema é o hábito de fumar. Os fumantes passivos, que convivem diariamente com pessoas que fumam, também estão suscetíveis à doença. Em casos raros, segundo o pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre, Adalberto Sperb Rubin, uma predisposição genética também pode causar a enfermidade.
Os principais sinais, segundo o especialista, são a falta de ar, a tosse, o cansaço e o chiado no peito. Muitas vezes confundidos com sintomas de outra doenças que afetam o sistema respiratório, os sinais do enfisema podem passar despercebidos, até que causem complicações mais sérias que atrapalham o dia a dia.
Por não ser reversível, a descoberta tardia dessa condição compromete a qualidade de vida do paciente pelo resto dos anos.
Enfisema e pneumonia
Portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) estão mais suscetíveis ao aparecimento de outras complicações respiratórias pelo fato de os pulmões estarem prejudicados na sua capacidade respiratória e enfraquecidos.
Um estudo financiado pela Spanish Society of Pulmonology and Thoracic Surgery (SEPAR) e o Servicio Andaluz de Salud observou que portadores de DPOC apresentaram o dobro de casos de pneumonia do que não portadores com a mesma idade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a pneumonia é uma infecção respiratória aguda que faz com que os alvéolos se encham de pus, dificultando ainda mais a respiração. A vacina da gripe, oferecida pelo órgão, auxilia na prevenção da doença, inclusive em portadores de DPOC.
Outro problema relacionado à condição é no coração. O pneumologista Adalberto afirma que a deficiência respiratória causada pela doença pode sobrecarregar o sistema cardiovascular.
Como prevenir ou parar a evolução do enfisema
De acordo com Adalberto, todos os fumantes precisam fazer acompanhamento médico. “Após os 40 anos, quem fuma precisa fazer o exame para identificar se há enfisema”, afirma.
O médico informa que a condição não é reversível, mas que ela pode ter sua evolução interrompida, evitando maiores problemas de saúde. O primeiro passo é parar de fumar.
Segundo ele, o diagnóstico precoce permite uma maior chance de não comprometer as atividades do dia a dia por problemas de falta de ar. O especialista menciona que tratamentos inalatórios melhoram a capacidade respiratória, bem como a prática de atividades físicas que focam no aparelho respiratório.
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