Tabagismo

Saiba quais são os prós e contras do chiclete de nicotina

Por Redação Doutíssima 16/07/2015

Cerca de 11% dos brasileiros se declaram fumantes, de acordo com a pesquisa Vigitel, que monitora fatores de risco para a saúde. Nos últimos nove anos houve uma diminuição de 30,7% no número de pessoas que fumam no Brasil. A queda se deve, e muito, a alternativas disponíveis para se livrar do vício , como o chiclete de nicotina.

 

Os dados acima, publicados pelo Ministério da Saúde, refletem o desejo de muitos brasileiros que veem na interrupção desse hábito uma nova forma de estilo de vida, mais saudável.  

chiclete de nicotina

Goma de mascar com nicotina é usada para diminuir os sintomas de abstinência. Foto: iStock, Getty Images

A pesquisa desenvolvida pelo governo mostra, ainda, que o tabagismo é maior nas pessoas com idade entre 45 e 54 anos e menor entre os jovens de 18 a 24 anos. Porto Alegre é a capital brasileira com o maior número de fumantes do País.

Mas apesar dos homens responderem pelo maior índice de consumo de cigarro, é na capital gaúcha que as mulheres são maioria. Veja a seguir como funciona uma das alternativas para largar esse vício.

Chiclete de nicotina contra síndrome da abstinência

O chiclete de nicotina pode prevenir ou pelo menos reduzir os sintomas da síndrome da abstinência, as sensações desagradáveis geradas pela falta da substância de dependência no organismo, como explica o pneumologista Luiz Carlos Corrêa da Silva.

Trata-se de uma goma de mascar que contém nicotina, 2mg ou 4mg em cada unidade. “Pode ser usado como uma forma de reposição de nicotina para pessoas que estão parando de fumar”, reitera o médico.

Segundo Silva, o chiclete é indicado para quem tem dependência da nicotina, em níveis moderados a graves. “Deve ser prescrito por médico, dentro do programa para parar de fumar”, salienta o pneumologista.

Em princípio, não há restrições para o uso do chiclete de nicotina, a não ser que haja alguma peculiaridade ou se surgirem efeitos adversos pouco frequentes, como náuseas ou ulcerações nas gengivas.

As situações que requerem mais cuidados durante o uso da goma de mascar, de acordo com Silva, são: gestação, amamentação, infarto do miocárdio recente, angina, arritmia cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes.

Quanto a desvantagem do uso do chiclete de nicotina, o médico cita apenas as relacionadas com percepções e intolerâncias do paciente: gosto ruim, náuseas, entre outras. “Obviamente, a oferta de nicotina por esta via não é tão eficaz quanto seu uso por inalação, diretamente para os pulmões”, pondera o médico.

 

chiclete de nicotina 

Como usar o chiclete de nicotina

Apesar de se tratar de uma goma de mascar, o chiclete de nicotina não deve ser mastigado como uma goma comum. Silva recomenda que se mastigue mantendo o material resultante entre a arcada dentária inferior e a bochecha.

“Isto serve para reter o suco salivar e a própria goma na cavidade bucal o máximo de tempo, pois aí a nicotina é mais rapidamente absorvida”, explica o especialista.

Um aspecto bem importante destacado pelo médico é que o chiclete ou goma de mascar com nicotina faz parte da Terapia de Reposição de Nicotina, e precisa ser indicado juntamente com outros itens do Programa de Tratamento do Tabagismo.

“Apenas o chiclete pouco adiantará. Faz-se necessário uma orientação profissional mais abrangente”, ressalta Silva.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!