Se ter um problema de saúde com causas desconhecidas traz preocupação em circunstâncias normais, imagine a aflição de ter alergias na gravidez. É nesse momento que vale um esforço para se manter longe do que causa reações adversas no corpo.
As alergias na gravidez
A ginecologista e obstetra Liliam Maksoud informa que existem três tipos principais de alergias na gravidez. São elas: de pele, alimentar e respiratórias. De acordo com a médica, que também é professora do curso de Medicina da Universidade Anganguera-Uniderp, a gravidez traz uma série de mudanças no corpo da mulher, inclusive hormonais.
“Na pele, é comum que apareçam coceiras sem nenhuma causa aparente”, relata. Nesse caso, a alergia pode aparecer como descamação, vermelhidão e manchas.
As grandes mudanças no organismo durante a gravidez também deixam o corpo mais sensível. Isso significa que coisas que não causariam nenhuma alergia em outro momento podem provocar reações devido à gestação.
No caso do aparecimento de alergias na gravidez relacionadas com a ingestão de certos alimentos, podem surgir azia e dificuldade de digestão. Nem sempre é o alimento em si que traz desconforto, mas sim aditivos que são abertamente usados, principalmente em alimentos industrializados e processados.
Como tratar alergias na gravidez
Gestantes precisam ter atenção com qualquer tipo de remédio durante a gravidez. Seja em caso de alergias ou outros, todas as interações medicamentosas precisam ser recomendadas por um médico especialista.
No caso das alergias na gravidez, Liliam diz que é preciso ainda mais cautela porque existem muitos remédios contraindicados na gestação por serem teratogênicos. Isso significa que há o potencial de problemas no útero e má formação do feto.
Segundo um estudo da Faculdade de Medicina e do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, a ação de teratogênicos na reprodução humana tem efeitos variados. Pode provocar aborto, retardo do crescimento intrauterino, malformação ou deficiência mental.
Quando existe a necessidade do uso de medicamento, é preciso testá-lo antes de ser administrado para a gestante. A Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia menciona o uso de penicilina, potente antibiótico.
No caso de mulheres grávidas, deve ser feito um teste para confirmar que não apresenta riscos para a saúde da gestante, nem do bebê. Nesse caso, a substância é testada na pele.
Alergias na gravidez podem afetar o bebê
Liliam conta que os bebês têm mais chances de desenvolver alergia porque o sistema imunológico deles ainda não está completamente formado. “Diante disso, o organismo da criança pode não responder adequadamente ao consumo de determinados nutrientes”, explica.
Para evitar qualquer alergia, a recomendação da especialista é seguir uma dieta restritiva no consumo de alguns alimentos específicos, como frutos do mar, alimentos com corantes na fórmula, enlatados e embutidos. A médica reforça que a prevenção é o melhor remédio.
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