A alimentação balanceada é uma das maiores aliadas quando o assunto é manter a saúde e o equilíbrio do corpo. É nos alimentos que encontramos as maiores fontes de vitaminas e nutrientes do quais o organismo precisa, como o ácido fólico. Veja por qual motivo – em quantidade adequada – ele é tão importante para o organismo.
O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel que pertence ao grupo de vitaminas do complexo B. Também é comumente conhecida como folacina, vitamina B9 ou vitamina M.
Ácido fólico na prevenção de doenças
De acordo com a nutricionista Alice Bayer Monteiro, essa vitamina é importante na síntese de proteínas, é indispensável na regulação do desenvolvimento normal de células nervosas, na prevenção de defeitos congênitos no tubo neural e na promoção do crescimento e desenvolvimento normais do ser humano.
“Há evidências de uma possível redução de risco de doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios psiquiátricos e mentais relacionados ao consumo do ácido fólico”, afirma Alice.
Como o corpo não produz vitaminas, a substância só pode ser obtida por ingestão, daí a importância de consumir alimentos que a ofereçam. Alice reforça que, no Brasil, por lei, a farinha de trigo e de milho é fortificada com ferro e ácido fólico. Existe, ainda, a opção dos suplementos vitamínico-minerais.
Onde encontrar o ácido fólico
As fontes mais ricas nessa vitamina são de origem animal, carnes e vísceras como fígado. Também é encontrado nas leguminosas como feijão, lentilha, ervilha e soja, nos vegetais folhosos escuros como repolho, couve-flor, brócolis, no ovo, nas frutas, especialmente laranja e suco de laranja, kiwi, manga e banana.
“Essa vitamina é altamente suscetível à oxidação, ao congelamento, ao aquecimento e ao cozimento, havendo perdas de 50% a 95% do conteúdo alimentar do folato durante esses processos”, alerta a nutricionista. Por isso, não perca a oportunidade de consumir o máximo de alimentos que puder na versão natural.
Alice faz uma referência importante sobre a ingestão da vitamina, segundo a indicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que se baseia nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A necessidade diária de folato é aumentada em infecções, hipertireoidismo, anemia hemolítica, crescimento tecidual fetal rápido e tumores malignos. Como o álcool interfere na circulação hepática do folato, as necessidades dessa vitamina estão aumentadas em pessoas alcoólatras”, sinaliza.
Não há riscos de overdose dessa vitamina com a ingestão em excesso de alimentos que a ofereçam. No entanto, o perigo existe se o excesso for de suplementos que contenham a substância. Nesse caso, podem ocorrer dores de cabeça e de estômago, além de náuseas e outras complicações. Por isso, nunca tome o suplemento sem indicação e supervisão médica.
Essa vitamina tem grande importância na gestação. Nessa fase, as necessidades diárias de folato são aumentadas com o objetivo de prevenir defeitos no fechamento do tubo neural no feto. Defeitos do tubo neural são malformações que ocorrem no início do desenvolvimento fetal, como anencefalia e espinha bífida.
“Na lactação, as quantidades necessárias também são superiores as de um adulto. Para essa prevenção, é indicada a suplementação de ácido fólico desde antes da gestação até o primeiro trimestre”, indica a nutricionista.
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