A dificuldade em ser feliz consigo mesmo e o medo da solidão leva muitas pessoas a permanecerem em relacionamentos abusivos e fracassados. A culpada disso, normalmente, é a carência afetiva,
Esse problema está ligado, em grande parte dos casos, a situações em que a pessoa prefere nutrir relações ruins e perigosas do que tentar viver em paz, com qualidade de vida e livre de traumas. O medo de ficar sozinho passa por cima de tudo e, justificado pela carência afetiva, passa a fazer parte da sobrevivência sem que o indivíduo se dê conta.
Carência afetiva e suas consequências
O sucesso em várias áreas da vida, como no trabalho ou na escola, pode estar diretamente associado ao tipo de relações que temos e que permitimos que estejam em nossas vidas. Há casos em que a carência afetiva evolui tão negativamente que resulta em doenças psíquicas, como a depressão e alguns tipos de transtornos e até mesmo em violência.
As pessoas que se mantêm em situações como essas, além de medo da solidão, temem o parceiro ou se sentem incapazes de conduzir a sua existência. Tudo isso caracteriza quadros de carência afetiva. Afinal de contas, o ser humano não recebe treinamento para suprir suas carências o tempo todo.
Pode até haver quem consiga lidar com a solidão. Mas 62% dos brasileiros afirmam considerar o afeto fundamental em suas vidas, segundo uma pesquisa desenvolvida pela Johnson & Johnson. Desse total, 28% admitiram nunca terem recebido carinho na vida. E o conceito de carinho tem conotações diferentes.
De acordo com a pesquisa, 43% dos brasileiros conceituam o carinho como amor, enquanto 19% acreditam que seja o mesmo que atenção e 13% relacionam à afetividade. Mas apesar de conceitos diferentes, a ideia leva a um mesmo caminho.
Para os pesquisadores, quando a pessoa associa essas palavras, entende que carinho é a manifestação concreta de cada uma delas.
Entre outros dados, a pesquisa ainda mostrou que as mulheres são mais carinhosas, 69% contra 54% dos homens. Mas em contrapartida, são eles que reclamam mais da falta de carinho, 30% contra 26% delas.
Como driblar a carência afetiva
Ao contrário do que pode parecer, é possível superar a carência afetiva e buscar a felicidade real. Pode acontecer em tempos diferentes para cada pessoa, mas não é uma tarefa impossível. Para começar, vale a máxima que talvez de tanto ouvir, as pessoas não lhe dão a atenção que a expressão merece. Hora de sair do estado anestésico: primeiro ame a si mesmo.
É por aí. De nada adianta querer entrar em relacionamentos esperando amor e atenção genuína se você mesmo não consegue olhar para o espelho e amar-se profundamente. O autoconhecimento dá armas para identificar se o afeto que lhe cerca é sincero.
Quando souber valorizar suas ações e sentimentos, um campo para outros admiradores se abrirá. Mas o mais importante é entender que essa porta só pode ser aberta por você mesmo. Muitas vezes, para dar o primeiro passo, você vai precisar de ajuda e a psicoterapia é uma das alternativas mais indicadas.
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