O que somos, o que sentimos e o que fazemos teve origem em um processo que começou há muito tempo, desde a concepção até, mais ou menos, os seis anos de idade. Esse período, denominado primeira infância, é determinante no desenvolvimento e as experiências vivenciadas durante essa fase são relevantes para toda a vida do ser humano.
De um modo geral, é o período entre a concepção do bebê até o momento em que a criança ingressa na educação regular. “Em outras palavras, a primeira infância é a junção da gestação, com o parto e os primeiros anos de vida da criança”, afirma a psicóloga Ramona Costa.
Primeira infância começa no útero materno
Segundo a especialista em atendimento infantil, a partir do nascimento do bebê, até mesmo no útero da mãe, ele começa a captar estímulos ao seu redor, dando início ao conhecimento do mundo externo. É na primeira infância que acontece o processo de aprendizagem através do meio em que vivem (casa, escola e sociedade).
Os primeiros ensinamentos influenciam no desenvolvimento do caráter, da personalidade, do crescimento físico, do amadurecimento cerebral, da aquisição dos movimentos e da iniciação na vida social, afetiva e intelectual.
“Essa fase marca o começo da formação da estrutura psíquica da criança que se manifestará na vida do futuro adulto, de acordo com a dinâmica familiar estabelecida e com a educação recebida”, acrescenta Ramona.
Assim, falar em primeira infância remete imediatamente ao Dia da Infância, comemorado em 24 de agosto e que, instituído pelo Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef), foi criado para promover a reflexão sobre os direitos dos pequenos.
É importante lembrar que as crianças têm seus direitos protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Conforme a lei, a infância vai até os 12 anos.
Além disso, é dever dos pais ou responsáveis o fornecimento de oportunidades e estímulos para que as crianças desenvolvam saudavelmente suas aptidões. Assim, possivelmente haverá um adulto equilibrado.
De acordo com Ramona, os adultos precisam saber identificar a hora de sentar para brincar com seu filho, quando necessitam repreendê-lo por um ato errado, saber sustentar o não quando preciso, colocar uma rotina, ensinar a criança a seguir regras, enfim, dar carinho e amor, mas quando necessário saber transmitir limites também.
Desafios dos pais na primeira infância
No entanto, ainda há desafios e o principal deles, segundo Ramona, é justamente equilibrar a forma de como transmitir limites e por isso, deve começar nos primeiros anos de vida. O aprendizado é feito aos poucos, conforme a criança vai vivenciando as situações e observando os modelos dados pelos adultos.
“As crianças estão muito espertas, passam o tempo todo testando seus responsáveis, existindo situações em que a criança pode se descontrolar. Nesse momento, o adulto precisa ser firme, sem ser agressivo e demostrar outras formas de resolver o que estiver acontecendo”, salienta.
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