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Descubra qual a hora certa de cortar o cordão umbilical

Por Redação Doutíssima 27/08/2015

O momento de cortar o cordão umbilical pode ser determinante para o desenvolvimento de vários aspectos da saúde do bebê. Pelo menos essa é a conclusão de pesquisas realizadas dentro e fora do Brasil.

 

Segundo estudos feitos na Flórida, nos Estados Unidos, esperar o cordão umbilical parar de pulsar, para então cortá-lo, pode fazer com que células-tronco sejam transferidas para o bebê.

cortar o cordao umbilical

O corte tardio do cordão umbilical do bebê poderia diminuir as chances de anemia. Foto: iStock, Getty Images

Outro aspecto positivo levado em conta pelos pesquisadores se refere ao fato de esperar um pouco mais para cortar o cordão umbilical. Isso diminuiria o risco de hemorragia e reduziria a necessidade de futuras transfusões de sangue.

Momento de cortar o cordão umbilical e a anemia

No Brasil, outro estudo reafirma os benefícios dessa prática. Segundo a pesquisa desenvolvida em São Paulo, aguardar um minuto para fazer o clampeamento (como é chamado o corte), aumenta a quantidade de ferro no organismo da criança. Os pesquisadores acreditam que, com isso, as chances de anemia nos primeiros meses de vida caem bastante.

A pesquisa desenvolvida em solo brasileiro testou 224 crianças. Desse total, 109 tiveram o cordão umbilical cortado imediatamente após o nascimento. No restante, os médicos decidiram por cortar o cordão umbilical  um pouco depois.

Após três meses do parto, as crianças tiveram o nível de ferro no organismo testado e o resultado foi positivo nas que tiveram o clampeamento um pouco depois do nascimento.

A prática mais comum é cortar o cordão umbilical logo que o bebê nasce. Mas de acordo com alguns especialistas, o mais adequado é esperar que ele pare de pulsar antes do corte. Isso garante que a criança esteja pronta para respirar fora do útero.

No entanto, esse procedimento ainda divide opiniões entre especialistas. Apesar das pesquisas que apontam os benefícios de esperar para fazer o clampeamento tardio, há outros estudos que sugerem riscos como o excesso de glóbulos vermelhos no sangue, chamado de policitemia, e ainda a icterícia, que se caracteriza pelo aspecto amarelado na pele.

Além do corte do cordão umbilical

De qualquer forma, independente do momento de cortar o cordão umbilical, alguns cuidados bem específicos devem ser tomados que se dirigem ao coto do cordão, que entre 10 e 21 dias depois do nascimento seca, adquire uma cor escura e cai. A feridinha que fica no lugar leva também uns dez dias para cicatrizar.

Mas isso pode ser bem relativo e variar de uma criança para outra, pode ser que leve até uns 20 dias para que ocorra a queda. Se passar desse período, o mais indicado é procurar um pediatra para se certificar de que tudo está bem.

Para evitar qualquer tipo de infecção, o coto umbilical deve ser mantido limpo e bem seco. Essas infecções podem ser provocadas por bactérias que vivem no próprio corpo, mas para recém-nascidos é bem grave, caso ocorram.

Antes de cuidar do coto, deve-se lavar bem as mãos. O mais indicado pelos médicos é que se use álcool a 70% para limpar o local, a cada troca de fralda. Quando ele estiver seco, pode ser coberto com a fralda, mas não há necessidade de usar faixa.

 

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