O termo balzaquiana é uma espécie de homenagem ao escritor francês Honoré de Balzac, que publicou, em 1842, o livro “A Mulher de Trinta Anos”. Na publicação, o autor enaltece as moças dessa faixa etária pela maturidade e pela vivência do amor com maior entrega, diferente das jovens da época que romantizavam demais as relações.
A balzaquiana do século XXI
Na época de Balzac, as mulheres com mais de 30 anos eram chamadas de velhas, já que a expectativa era de pouco mais de 10 anos além dessa idade. Hoje essa estimativa mais que dobrou, mas ainda há um certo estigma que liga a balzaquiana à velhice, ou ao início dela.
Segundo a psicóloga Denise Regina Quaresma da Silva, algumas mulheres ficam abaladas ao chegar aos 30 anos, pois no imaginário social há uma falsa ideia de que somente as mulheres mais jovens possam ser valorizadas pelos homens em termos de feminilidade.
A psicóloga explica que essa ideia parte do pressuposto de que o valor de uma mulher está ligado à forma física, principalmente quando avaliada a imagem das mulheres de figura perfeita que é vendida pela mídia. “Esse sentimento é infundado, pois o corpo da maioria das mulheres se torna inclusive mais belo depois dos 30 anos”, afirma Denise.
Dando adeus à década dos 20, as mulheres ganham maturidade e possivelmente fazem melhores escolhas para as suas vidas. A balzaquiana tem a colaboração das experiências já vividas, que resultam na aprendizagem do que é prioridade para viver melhor.
Como lidar com a chegada dos 30
Qualquer quase balzaquiana pode ter alguma experiência de temor pela chegada de uma nova década de vida. Mas focar no amadurecimento é a chave para se livrar da ideia de envelhecimento.
Denise diz que chegar aos temidos trinta é só vantagens. “O corpo está no auge da beleza, a maturidade e a liberdade de escolhas aumentam e as indecisões da adolescência e juventude são superadas”, afirma. Assim, o momento não parece mesmo algo ruim.
A psicóloga comenta que, em geral, as mulheres que amadurecem com essa passagem amam quem são aos 30 anos. Além disso, o sofrimento que a idade pode apresentar acompanha só quem depende da aprovação, do olhar, do outro.
Para livrar-se da neura, do medo ou de qualquer drama que pode preceder a chegada à década balzaquiana, Denise recomenda amar plenamente a si mesma e descobrir o corpo e os encantos dele a cada nova fase.
Outra recomendação da psicóloga é aproveitar datas de transição para testar coisas novas. Um novo penteado ou corte de cabelo, mudar as cores do guarda-roupa, aprender novos jeitos de se maquiar ou arriscar novos tons na maquiagem. A ideia é apresentar-se uma nova pessoa para si mesma e para o mundo.
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