Filhos

Amor entre irmãos: aprenda a lidar com o ciúme na relação

Por Redação Doutíssima 24/10/2015

A não ser em caso de gêmeos, todo irmão mais velho foi filho único por algum tempo. A chegada de mais um bebê tem o potencial de gerar o amor entre irmãos, mas também traz consigo o ciúme e alguns outros sentimentos complicados.

Amor entre irmãos nem sempre é compreendido

Um caso famoso de irmãos que não se entendem muito bem é entre os músicos Liam e Noel Gallagher, fundadores da banda Oasis e notórios brigões. Aliás, o fim da banda é creditado à dificuldade de manter um clima tranquilo entre os dois.

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Competitividade entre irmãos é algo considerado normal e até saudável. Foto: iStock, Getty Images

Outro exemplo notório de dificuldade de relacionamento entre irmãos era o de Michael Jackson e seus ex-companheiros de Jackson Five. Aparentemente, a fama do mais jovem gerou ciúme e outras emoções conturbadas na família.

Mas assim como os meros mortais, há amor entre irmãos mesmo quando há competição. As irmãs Venus e Serena Williams se dão muito bem no dia a dia, mas quando disputam partidas de tênis e até o título de melhor do mundo no esporte, existe uma rivalidade saudável.

Até a musa Beyoncé e sua irmã, Solange, já tiveram alguns probleminhas de relacionamento. Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas a jovem Knowles teve uma desavença com o marido da irmã, o rapper Jay Z. Aparentemente já foi tudo resolvido.

Como lidar com o ciúme entre irmãos

O ciúme é natural e acontece mesmo quando há amor entre irmãos. O sentimento é mais intenso quando o mais velho precisa competir com o pequeno pela atenção dos pais e ainda não tem outros círculos sociais, como a escola.

Geralmente, o sentimento competitivo não é representado através de palavras, e sim de ações. Envolver o mais velho nas atividades de cuidado com um novo bebê e mostrar que ele também faz parte dessa rotina ajuda a amenizar os problemas.

 

“O mais velho pode dar uma chupeta, distrair o bebê com um chocalho, cantar uma canção de ninar e conversar com seu irmãozinho”, ensina o psicólogo clínico Luciano Passianotto.

De acordo com um estudo conduzido na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, essa rivalidade entre irmãos é positiva para o desenvolvimento das crianças. Aliás, mesmo quando a relação entre os filhos é menos do que cordial, ainda assim há uma contribuição do que em casos de filhos únicos.  

Na infância, irmãos competem principalmente pelo amor e atenção dos pais. Mas o estudo evidencia que mesmo essa rivalidade, geralmente saudável, é importante para o entendimento das crianças sobre como funciona a sociedade.

Outra descoberta é que muitas vezes essa competição é apenas uma espécie de brincadeira. Os irmãos são, na verdade, aliados naturais e um deles pode entrar numa espécie de jogo, que os cientistas afirmam ser importante para o desenvolvimento da consciência e do estado mental.

Por fim, o estudo percebeu que os pais que tinham mais conversas e com teor mais sério com seus filhos, ao falar sobre sentimentos, fez com que eles tivessem mais facilidade em lidar e entender as emoções.

 

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