Filhos

Perda auditiva em crianças: conheça sintomas e tratamentos

Por Redação Doutíssima 18/11/2015

Para uma criança, a audição e a fala são ferramentas essenciais quando se trata de aprender, brincar e desenvolver habilidades sociais. A perda auditiva em crianças pode resultar em atrasos na fala e no desenvolvimento da linguagem e, por consequência, em problemas sociais e dificuldades acadêmicas. Felizmente, com o diagnóstico precoce o seu filho terá melhores chances para superar esse problema.

 

Segundo um levantamento realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca 1 milhão de pessoas com deficiência auditiva no País são crianças e jovens de até 19 anos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que mais de 5% da população mundial sofre de surdez incapacitante, sendo que 32 milhões delas são crianças.

perda auditiva em crianças istock getty images doutíssima

Observe se a criança apresenta dificuldades de atenção ou comportamento em casa. Foto: iStock, Getty Images

 

O que causa a perda auditiva em crianças?

Geralmente, a perda auditiva é classificada em congênita ou adquirida. A congênita costuma ter como causas infecções durante a gravidez, medicamentos tóxicos utilizados durante a gestação, complicações no parto, transtorno do cérebro ou sistema nervoso, síndromes genéticas e histórico familiar.

 

Por outro lado, a adquirida muitas vezes decorre de problemas como infecções do ouvido médio não tratadas, perfuração do tímpano, ruído excessivo, ferimentos graves na cabeça e medicamentos tóxicos para a audição. Frequentemente, a perda auditiva em crianças pequenas é temporária e causada por infecções.

 

Muitas crianças com perda auditiva temporária podem ter sua audição restaurada através de tratamento médico ou cirurgia. Infelizmente, algumas crianças apresentam perda auditiva neurossensorial (chamada de surdez nervosa), que é permanente.

 

Como detectar problemas de audição

Atualmente, a maioria dos recém-nascidos faz uma triagem auditiva antes da alta hospitalar. A Lei 12.303/10 obriga todos hospitais e maternidades a realizarem o teste da orelhinha gratuitamente em crianças para detectar algum tipo de problema de audição.

 

Acontece que quando essa perda auditiva é leve muitas vezes acaba não sendo detectada nos recém-nascidos. Além disso, esse exame é incapaz de antecipar ou prever crianças que possam ter início tardio ou tipos progressivos de perda auditiva.

 

Mesmo que seu filho não indique qualquer sinal de perda da audição, é importante que ele faça exames regulares à medida que cresce. É fundamental ainda ficar atenta à evolução e ao desenvolvimento de sua criança.

 

Como elas aprendem a falar ouvindo, as crianças com perda auditiva muitas vezes têm dificuldade de aprender a falar e enfrentam atrasos na linguagem e no desenvolvimento dessa habilidade. A escola é também é um bom local para observar sinais desse problema, já que os professores são capazes de detectar atrasos na evolução da fala e do uso da linguagem comparando crianças de mesma idade.

 

Quando ela está em casa, observe se apresenta dificuldades de atenção ou comportamento – um bom indicativo é o uso constante da pergunta “o que”. Veja ainda se ela tem dificuldade de compreender a fala quando há ruído no fundo, ou então se está sentando muito próxima à televisão quando o volume está suficiente para que outros ouçam. Além disso, atente para a reação dela a barulhos súbitos ou altos e a capacidade para identificar a origem do som.

 

Se algo não parece certo, pergunte ao seu médico. Atualmente quase todos os graus de dificuldade auditiva podem ser tratados com algum tipo de tecnologia, que vão desde aparelhos auditivos a implantes cocleares.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!