Já utilizada em outras áreas, a impressão 3D promete revolucionar também a medicina. Com origem na década de 1980, ela é um tipo de impressão por processo de prototipagem rápida, que permite aos usuários a fabricação de objetos.
Ou seja, o método permite que sejam criados protótipos concretos a partir de projetos, ao invés apenas de figuras bidimensionais ou tridimensionais. Na medicina, por exemplo, já foi utilizada para salvar a vida de uma criança, a partir do desenvolvimento de uma prótese customizada.
Em outro feito marcante, pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, usaram impressoras 3D e moldes injetáveis para criar uma orelha artificial similar à orelha natural. Claro que isso não significa que seja possível imprimir um órgão mais complexo, como o coração, por exemplo. Ainda assim, vale a pena conhecer o método.
Como funciona a impressão 3D
A tecnologia imprime o objeto camada por camada, de baixo para cima. Conforme elas são finalizadas, grudam na porção anterior. A espessura das camadas é finíssima, até 0,1 milímetro cada. Isso garante que o objeto impresso tenha o máximo de curvas e detalhes.
Segundo artigo publicado no Portal Brasileiro de Informática Biomédica, mantido por alunos do curso de Bacharelado em Informática Biomédica da Universidade de São Paulo (USP), a impressão 3D parece ficção cientifica – ou quem sabe invenção futurista -, mas é real.
Hoje em dia, as impressoras mais sofisticadas que funcionam com tecnologia 3D podem imprimir células-tronco embrionárias, vasos sanguíneos e tecido cardíaco, pele, cartilagens e ossos. Além disso, permitem o estudo do câncer a partir de células impressas.
Na medida em que a tecnologia avança, a expectativa é de que os custos se tornem mais baixos e as possibilidades de aplicação, de outro modo, sejam ampliadas progressivamente, mesmo para casos mais complexos.
Outras tecnologias usadas na medicina
Mas, ainda que a impressão 3D seja a tecnologia do momento, ela está longe de ser a única com ar futurista dentro da medicina. A cirurgia robótica, por exemplo, é um processo minimamente invasivo em que o cirurgião manipula um sistema operacional em formato de robô e, a partir dele, realiza a cirurgia.
Diferente das intervenções comuns, o cirurgião não precisa estar com as pinças nas mãos para manipulá-las. Elas ficam acopladas ao robô, ainda que seus movimentos sejam determinados pelo médico, que opera o dispositivo de comando.
Outro recurso em avanço é a nanotecnologia. Com desenvolvimento cada vez mais sólido das células-tronco, o transplante de órgãos criados em laboratório estão cada vez se tornando uma realidade mais próxima. Recentemente, foi realizado o primeiro transplante de traqueia artificial, desenvolvido por cientistas da University College London. Um avanço e tanto para a ciência.
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