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Sexo violento: aprenda a definir os limites na relação

Por Redação Doutíssima 20/07/2015

Na literatura erótica, existem diversos personagens que praticam o sadomasoquismo. Esse tipo de sexo violento tem se tornado cada vez mais popular.

 

De acordo com um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, realizado com mais de 700 mulheres na faixa dos 30 anos de idade, 60% delas se imaginam em situações de submissão durante o ato sexual. A violência conta com amarras, palmadas, vendas e chicotes.

sexo violento

Práticas sexuais que envolvem dor devem ter um limite estabelecido pelo casal. Foto: iStock, Getty Images

No entanto, existe uma linha que precisa ser bem definida entre o sexo violento e a violência doméstica, punível como crime.

 

Enquanto alguns casais conseguem manter as atitudes mais “extremas” apenas durante o sexo, outros apresentam riscos sérios de lesões e machucados. Saiba quando a violência é perigosa e por que a confiança é fundamental na hora de explorar a sexualidade com dor.

 

Quando o sexo violento é perigoso

O livro e a adaptação cinematográfica de “Cinquenta Tons de Cinza” elevaram o sexo violento ao topo da lista de experimentos sexuais de muitas mulheres. Porém, a prática deve ser realizada com consentimento mútuo do casal e com limites bem estabelecidos. Do contrário, a fantasia se torna pesadelo e deixa de oferecer prazer para os dois.

 

Segundo o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Defensoria Pública do Estado do Ceará (Nudem), a violência no sexo passa a ser crime quando a mulher não está mais satisfeita com o tipo de agressão física que é realizada na relação.

 

Homens que já têm propensão a serem violentos dentro de casa, não devem ser estimulados ao sadomasoquismo ou qualquer outra prática que requeira força ou exploração.

 

No Ceará, as políticas de defesa à mulher alertam para o status de serva, ao qual as mulheres podem se submeter inconscientemente dentro de uma relação machista.

 

Pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) afirmam que muitos parceiros não conseguem se limitar aos pontos extremos dos quais as parceiras dizem que não querem passar.

 

É possível notar que o sexo violento passa a ser um caso de violência doméstica quando o sadomasoquismo ou as “brincadeiras” agressivas saem do ambiente sexual. Enquanto a prática segue um grau moderado, em que ambos sentem prazer, é considerada normal.

 

Porém, a partir do momento em que se torna extrema, pode se transformar em uma psicopatologia e prejudicar física e emocionalmente um dos parceiros.

 

Os tipos de sexo violento

1. Sadomasoquismo

 

O tipo mais comum de sexo violento, considerado normal dentro de uma gradação que permaneça nos limites da fantasia. É caracterizado pelo prazer que decorre do sofrimento do outro. As dores provocadas podem ser físicas ou psíquicas.

 

Quando atinge um nível extremo, considera-se violência e agressão. O consentimento direciona a prática, que requer manutenção da liberdade, integridade e dignidade.

 

2. Bondage

 

É feita quando um dos parceiros é amarrado e imobilizado. Nessa técnica, os sentidos são restringidos, principalmente do tato e da visão.

 

3. Disciplina

 

Um dos membros do casal é obrigado ou treinado a adotar alguns comportamentos, de acordo com uma teimosia imperativa e proposital.

 

4. Dominatrix, dominação e submissão

 

Existe alguém que é dominante e outro que é dominado. Nesse caso, o fetiche acontece pelo prazer de servir ou ser servido.

 

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