Para aqueles que tem orelha de abano, a cirurgia corretiva costuma ser um desejo desde a infância, quando o tamanho maior já é evidente. Mas, ainda que a otoplastia seja um procedimento comum e bastante frequente, é possível tentar algumas dicas caseiras antes de se submeter à cirurgia.
Quando ter orelhas proeminentes é um problema
As orelhas proeminentes podem ser uni ou bilaterais e surgem como resultado de falta ou malformação da cartilagem durante o desenvolvimento da orelha na vida intrauterina. A tendência é que não melhorem, sendo detectáveis nos três primeiros meses de vida.
A condição pode se agravar quando a cartilagem mole é dobrada repetidamente – principalmente durante a amamentação. Não há problemas funcionais associados com orelhas proeminentes, mas o sofrimento psíquico pode ser considerável. Em outras palavras, é a questão estética a principal preocupação das orelhas de abano.
As possíveis consequências incluem redução da qualidade de vida, diminuição da autoestima, comportamento de esquiva social e mau desempenho na escola. No entanto, um estudo do JAMA Facial Plastic Surgery diz que esse problema talvez não cause tantos estigmas quanto as pessoas acreditam.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores buscaram medir o quanto as pessoas realmente notam as orelhas de abano e se isso provoca suposições tendenciosas sobre a personalidade.
Foram recrutados 20 voluntários adultos, aos quais foi solicitado que olhassem as fotos de 20 crianças de cinco a 19 anos de idade. Todos os pais dessas crianças tinham solicitado cirurgia plástica corretiva para orelhas salientes.
O resultado? As pessoas realmente passaram mais tempo olhando para aquelas com orelhas maiores. Ocorre que, ao avaliar os voluntários, não ocorreram diferenças significativas. Todas foram considerados igualmente assíduos, inteligentes e simpáticos.
Otoplastia pode ser apenas o último recurso
Quando o problema das orelhas de abano é uma grande dor de cabeça para crianças ou adultos, muitas vezes é recomendada a otoplastia ou cirurgia de correção. Ela pode ser feita em qualquer idade após os ouvidos chegarem ao seu tamanho normal, o que geralmente ocorre depois dos cinco anos de idade.
Como todos os procedimentos cirúrgicos, há alguns riscos envolvidos. As principais complicações incluem deformidades graves e até mesmo a perda de uma orelha. Muitas pessoas buscam opções não cirúrgicas para tratar o problema – e elas existem, embora funcionem apenas em crianças.
Em recém-nascidos, é possível moldar a orelha. Um método tradicional para isso é colocar talas nos ouvidos do bebê, para que as orelhas cresçam na direção correta. Mas vale lembrar que é preciso de orientação médica para evitar problemas.
Atualmente, é possível encontrar talas flexíveis, que são colocadas na dobra da orelha e protegidas por fita. Elas devem colocadas aos dois meses de idade e deixadas no local por cerca de oito semanas.
Se tudo correr bem, a partir daí as orelhas devem crescer corretamente. Os especialistas indicam que, para melhor eficácia do tratamento, as talas devem ser colocadas antes dos seis meses de idade.
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