A amamentação cruzada é quando uma mulher amamenta o filho de outra. No passado, elas eram chamadas de “amas-de-leite”. Poucos sabem, mas no Brasil essa prática é proibida por lei, porque envolve muitos riscos para a criança. Principalmente se você não tem pleno conhecimento do estado geral de saúde de quem irá amamentar seu filho.
Riscos da amamentação cruzada
Não é à toa que mães com HIV, hepatite ou que tomam certos medicamentos são desencorajadas a amamentar. Por exemplo, a mãe soropositiva é capaz de infectar o bebê através da amamentação porque o vírus pode de ser encontrado no leite materno ou sangue e pus de mamilos rachados.
Em agosto de 2012, a revista Lancet relatou um caso de um bebê da África do Sul que foi infectado por ser amamentado pela tia, que era HIV-positivo. Os registros de laboratório mostraram que a mulher estava infectada há mais de um ano antes de começar a amamentar a criança.
Vale saber que as próprias mulheres podem colocar sua saúde em risco ao se dedicar à amamentação cruzada. É possível a ocorrência de infecção na mama, conhecida como mastite. Durante o processo de sucção, muitas bactérias são empurradas para dentro das condutas de leite e são capazes de causar o problema.
Trata-se, porém, de um assunto ainda muito controverso. Conforme uma pesquisa publicada no Journal of Human Lactation, muitas mães decidem amamentar dessa forma por dois motivos: elas possuem excesso de leite e também têm um desejo de ajudar as outras mães. Sentem-se assim duplamente recompensadas.
Banco de leite é uma alternativa
Mulheres que precisam de leite materno ou que o possuem em excesso têm alternativas mais seguras do que recorrer a esse tipo de amamentação. Por exemplo, há a possibilidade de doação nos Bancos de Leite Materno. Nesses locais, o leite é avaliado e possui criteriosos cuidados para detecção de possível contaminação.
Para doar leite, é preciso preencher alguns requisitos básicos. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, a doadora deve apresentar excesso de lei e ser saudável. Ela não pode usar medicamentos que impeçam a doação, e deve se dispor a doar o excedente.
Cumprida essa etapa, é feita uma análise do leite doado. É apenas depois desse estudo que ele será enviado às instituições de saúde, caso esteja apto para isso.
As mães que acham que seu filho não está recebendo leite materno o suficiente devem conversar com o seu pediatra para uma avaliação. Ele poderá indicar algum tipo de fórmula infantil ou outra alternativa de acordo com o caso. Lembre-se de que apesar de toda a boa vontade de outra mãe em doar o leite, a saúde do seu filho pode estar em risco.
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