Comida é o combustível do corpo, especialmente para atletas que precisam de uma dose extra de energia para manter o pique. Ainda assim, há quem defenda a prática de correr em jejum. A justificativa é que a escolha pode beneficiar o desempenho.
Mas será que isso é verdade? Confira as dicas que a equipe do Doutíssima separou para você e tire suas dúvidas sobre o assunto.
A teoria por trás do jejum antes do exercício
Quando se fala em jejum, refere-se a um tempo em que não se come nenhum alimento sólido. É aí que surge a dúvida: é melhor comer para praticar exercícios ou fazê-los em jejum, para eliminar depósitos de gordura como fonte de energia?
Para corredores, o jejum antes da corrida é capaz de aumentar a capacidade de usar gordura e reduzir a taxa em que seu corpo leva o glicogênio dos músculos, observou um estudo publicado no Journal of Applied Physiology.
Isso melhora a capacidade de usar gordura como fonte combustível, poupando glicogênio muscular para quando ele é mais necessário – partes finais da corrida. Além disso, quem corre habitualmente em jejum diz que o nível de energia realmente aumenta. A explicação está no uso de menos esforço para a digestão, o que permite focar melhor na corrida.
Publicado no Annals of National Academy of Sciences, um estudo mais recente detalha alguns dos benefícios potenciais do jejum regular. Eles incluem melhor memória e potencial diminuição do risco de certas doenças – vale dizer que essa pesquisa não se inclinou sobre os benefícios do jejum intermitente.
Correr em jejum é seguro?
Embora alguns estudos e especialistas apontem a técnica de correr em jejum como benéfica, a opinião está longe de ser unanimidade e há pesquisas que sugerem exatamente o contrário.
Por exemplo, um estudo publicado no Internacional Journal of Sports Medicine indica que a refeição pré-exercício, que consiste principalmente em carboidratos, é capaz de melhorar a resistência de corredores. Ir ao treino sem comer antes também pode ter efeitos negativos se a prática é realizada por longos períodos.
Conhecendo os prós e os contras, se você decidir treinar em jejum, há algumas alternativas. Especialmente para aqueles que têm o hábito – e não conseguem abandoná-lo – de tomar café da manhã.
Uma opção é consumir um pré-treino só de proteína (sem carboidrato) e doses moderadas de cafeína. Isso ajuda a evitar a degradação de proteínas e reduz o risco de afetar a intensidade do exercício. A hidratação também é importante. Uma bebida esportiva com eletrólitos e baixa caloria também pode ser opção.
Ainda está na dúvida sobre o assunto? A melhor escolha é conversar com um profissional especializado e avaliar as vantagens e desvantagens que correr em jejum pode oferecer ao seu organismo.
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