Você já ouviu falar na dieta da cabala? Baseada no sistema filosófico de mesmo nome, ela propõe o equilíbrio espiritual através da maneira como as pessoas se alimentam. Tudo ligado a um conceito mais amplo, que inclui cuidados com a saúde, relacionamentos e até com a carreira profissional.
Como a dieta da cabala funciona
A cabala é uma sabedoria antiga, que se declara como a reveladora do funcionamento da vida e do universo. O nome significa a receber, que possui a conotação de como receber complemento em nossas vidas.
Foi a partir desses ensinamentos que Ian Mecler lançou, em 2015, a obra A Dieta da Cabala: 22 dias para transformar corpo, mente e alma. Basicamente, o plano alimentar proposto compreende três etapas, que já são indicadas no próprio nome do livro.
Conforme aponta o autor em seu livro, é preciso disciplina e fidelidade às receitas apresentadas. No total, são 22. A primeira fase propõe uma transformação fisiológica do corpo. Isso significa que será necessário suprimir ou reduzir alimentos que você está habituado a comer e adicionar outros benéficos.
É preciso diminuir o glúten, o açúcar e o sódio, além de incluir mais sementes, água, alimentos vivos (como verduras e frutas) e pacíficos (nada de carne animal). Já a segunda etapa estimula o praticante a deixar de lado hábitos nocivos: trata-se da transformação da mente.
Para o criador da dieta, comportamentos compulsivos por alimentos têm como pano de fundo algum gatilho em particular. Ou seja, a reeducação trabalha questões como saber a hora de negar algo e também a força do compartilhamento.
A terceira fase trabalha a questão da transformação da alma. Isso ocorre através da repetição de salmos e mantras em horários específicos – de preferência os definidos no livro. Porém, é necessário compreender esses ensinamentos e saber como eles são capazes de revolucionar seu dia a dia.
Frutas e verduras devem incrementar a alimentação. Foto: iStock, Getty Images
Há base científica para a dieta da cabala?
Como é possível perceber, a dieta da cabala não é propriamente um regime para perda de peso, mas sim uma reeducação alimentar com fundo espiritual. Mesmo sem uma base científica, ela propõe mudanças que podem ser bastante positivas para o organismo – principalmente na primeira fase.
Reduzir o açúcar, por exemplo, é capaz de diminuir o risco de ataques cardíacos. É o que indica uma pesquisa conduzida por médicos do Emory University Hospital. Conforme um dos autores desse estudo, as chances podem chegar a cair até 25%.
Eliminar o glúten da dieta também pode trazer benefícios. São várias as pesquisas que indicam que o consumo excessivo dessa proteína – uma das mais ingeridas no mundo todo – pode estar associado ao aumento em diversos problemas de saúde, como dores nas juntas, ganho de peso e dores de cabeça.
Diminuir o consumo de sódio também tem seus benefícios. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Hypertension, se consumido nos níveis seguros indicados pelas autoridades, ele seria capaz de evitar a morte de aproximadamente 500 a 850 mil pessoas nos próximos 10 anos nos Estados Unidos.
Tudo isso sem falar nas demais fases da dieta, que propõem uma verdadeira reeducação alimentar e a criação de uma consciência saudável. Afinal, quanto mais motivada você estiver para seguir esses passos, maiores são as chances de sucesso.
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