Quando diagnosticadas de maneira precoce, a maioria das doenças oferece boas chances de cura. No caso das mulheres, identificar uma predisposição ao câncer de mama poderia fazer toda a diferença. Foi pensando nisso que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um novo sensor.
Projetado para auxiliar no processo de prevenção, ele é capaz de apontar mutações em um cromossomo específico. Mais acessível do que outras soluções já existentes no mercado, o modelo promete ser uma alternativa eficiente.
Método aponta predisposição ao câncer de mama
Atualmente, detectar a predisposição ao câncer de mama só é possível por meio de exames genéticos caros, como fez Angelina Jolie recentemente. Em breve, no entanto, essa realidade pode mudar.
Depois de dois anos de estudos, os cientistas paulistas criaram o protótipo de um sensor capaz de apontar mutações, permitindo exames a um custo médio de R$ 70. Ao contrário do que se poderia pensar, o aparelho é bem simples.
Ele é formado por um bastão com condutor elétrico e um disco de ouro de dois milímetros. O teste consiste em colocar uma amostra de sangue ou saliva em contato com o eletrodo. Se os fragmentos se juntarem, formando aquele clássico desenho do DNA, existe uma tendência à doença.
A mutação que revela a predisposição ao câncer de mama ocorre em um gene chamado BRCO1. Ele também aponta uma tendência ao câncer de ovário. Com a patente concluída, os pesquisadores esperam que haja interesse por parte de algum laboratório ou de uma indústria para desenvolver o protótipo e torná-lo em uma opção de mercado.
Sintomas iniciais do câncer de mama
Dados atualizados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 60 mil mulheres morrem por ano devido ao câncer, a maioria de mama. Por isso, é fundamental ter atenção à doença e se prevenir.
Segundo a médica patologista Cristiane Nimir, especialista em mama do Hospital Sírio-Libanês, o alto índice de mortes por câncer poderia ser diminuído por meio de simples exames periódicos. “Caso seja diagnosticado precocemente, a chance de cura é superior a 90%”, garante.
Para isso, é fundamental realizar o autoexame mensalmente. Ele ajuda a mulher a conhecer melhor o seu corpo e detectar qualquer anormalidade nos seios. Mas vale lembrar que não substitui a mamografia, deve ser um complemento.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o surgimento de um caroço na mama ou um endurecimento da região. Outros indícios incluem irritação da pele, dor, vermelhidão, descamação e saída de secreção do mamilo. Diante dessas manifestações, é importante procurar auxílio médico.
Por meio de uma biópsia, o especialista poderá fazer o diagnóstico completo e descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Quanto antes detectado, melhores as chances de cura. Ou seja, vale se prevenir.
E aí, o que achou no novo sensor que ajuda a identificar a predisposição ao câncer de mama? A novidade pode representar uma mudança e tanto. Deixe o seu cometário!