Comemorado no dia 10 de junho, o Dia da Raça tem o intuito de celebrar a identidade cultural do povo brasileiro, que é rica em diversidade. Formada por uma grande miscigenação, a população tem origem indígena e, graças ao movimento imigratório que ocorreu desde a descoberta do Brasil, conta com diversas outras etnias.
Como a expressão também é usada para dividir a população de acordo com a sua origem e cor da pele, a data se vale ainda para a discussão da igualdade racial. Apesar das conquistas e avanços nos últimos anos, ainda existe intolerância e preconceito no país, especialmente quando o assunto são os negros.
Diversidade da raça brasileira
A raça brasileira teve sua origem na miscigenação de índios, negros trazidos de várias regiões da África e brancos, especialmente portugueses, alemães e italianos – embora a lista possa incluir ainda vários outros povos.
Desde 1991, as categorias raciais utilizadas pelos censos demográficos no Brasil são branca, preta, parda, amarela e indígena. Segundo o censo realizado pelo IBGE em 2010, 43,1% da população brasileira se identifica como parda. Já 7,6% dos entrevistados se declarara preta.
Apesar da maior parte do país ser miscigenada, o preconceito e a desigualdade entre negros e brancos ainda é constante em diferentes espaços da sociedade, seja na educação, mercado de trabalho ou no acesso a bens e serviços.
Basta fazer um pequeno exercício: quantos negros você conhece que estão em cargos de destaque em uma empresa, por exemplo? A resposta é reflexo de um passado – ainda bastante presente – de discriminação e falta de oportunidades.
Busca pela igualdade racial
A luta pelo combate à desigualdade e ao preconceito faz parte de diversas medidas governamentais. A Constituição de 1988, inclusive, traz uma série de preceitos que buscam garantir a equidade entre todos.
O artigo 5º, por exemplo, diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
De acordo com o Ministério da Cultura, para auxiliar no avanço às políticas de inclusão, o Governo Federal trabalha de forma articulada com os sistemas de ensino, para promover a inclusão de negros e outros grupos discriminados. Em 2015, mais de 600 mil alunos negros estavam matriculados no Programa Universidade para Todos (ProUni).
Além disso, para minimizar e combater atos de preconceito racial, é importante conhecer e valorizar o legado cultural dos negros no país. Chamado de aprendizado efetivo, essa medida consiste em entender o que o outro tem a ensinar, sem menosprezá-lo.
E você, que medidas adota para combater o preconceito racial no país? Deixe a sua opinião nos comentários.