Atualmente, o Brasil já conta com 1.616 casos confirmados de microcefalia, que despertou o medo em mulheres grávidas. A informação é dó Ministério da Saúde e leva em conta os dados obtidos até o dia 18 de junho.
Relacionada ao surto de zika vírus que atingiu o país entre 2015 e este ano, a doença afeta os bebês de mães infectadas ao longo da gestação. Ela impede o crescimento do cérebro da criança durante a gravidez e mesmo após o seu nascimento.
Causas e consequências da microcefalia
Não existe uma cura para este problema, mas há tratamentos que podem trazer melhoras significativas para a qualidade de vida. Para entender as limitações da criança é preciso analisar cada caso separadamente. Após o primeiro ano, já será possível identificar quais áreas do cérebro foram comprometidas.
Dentre os principais problemas de saúde que a microcefalia pode causar, estão paralisia, epilepsia, dificuldade de aprendizado e convulsões. O que tem chamado atenção nos últimos tempos é a nova causa da doença. Normalmente, ela está relacionada a doenças infecciosas, genéticas e até mesmo exposição a substâncias tóxicas.
Atualmente, no entanto, é a ligação com a doença transmitida pelo Aedes aegypti que preocupa. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) americano chegou à conclusão de que o o zika pode, de fato, causar a microcefalia e outras lesões graves no cérebro.
Ainda assim, vale destacar que a microcefalia também pode ser causada por:
- Mãe que consome cigarro, drogas ou álcool durante a gestação
- Desnutrição
- Rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus
- Contaminação por cobre ou mercúrio
- Exposição a radiação na gravidez
Microcefalia no Brasil
Desde outubro de 2015, 8.039 casos de suspeita de microcefalia ou alterações no sistema nervoso, com origem em infecção congênita, foram notificados. Do total, 3.413 casos foram descartados para a doença.
Outros 3.007 ainda estão sendo investigados e 1.616 já foram comprovados. Destes 1.616, 84,7% ocorreram na região Nordeste do Brasil. Já o Sudeste é responsável por 6% dos casos, seguido pelo Centro-Oeste e Norte, cada um com 3%. O Sul registra os menores índices, com apenas 0,6%.
Para evitar que os números sejam ainda maiores, a melhor saída é a prevenção. O vírus da zika é causado pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue. A dica é que cada um faça sua parte e evite deixar água parada em qualquer superfície.
As grávidas, por estarem no grupo de risco da doença, devem ter cuidado redobrado. É indicado o uso de repelentes. Outra aposta é recolocar o bom e velho mosquiteiro durante as horas de sono, especialmente nas regiões mais atingidas. Tudo para evitar a proliferação e o contágio.
E você, já fez a sua parte? Como costuma se prevenir? Conte para a gente!