Quando uma condição de saúde se torna um problema estético, o impacto na autoestima é alto. É o caso da ginecomastia, caracterizada pelo crescimento das glândulas mamárias em homens. As causas para esse tipo de manifestação variam entre origens hereditárias, alterações hormonais e uso de substâncias como anabolizantes.
O grande problema é que ela costuma se manifestar na adolescência: até 60% dos casos ocorrem na puberdade, uma fase em que as inseguranças já são frequentes entre os jovens. A parte positiva é que, em 80% das ocorrências, há uma regressão espontânea das mamas até os 18 anos. Caso isso não ocorra, há outras alternativas.
O que está por trás da ginecomastia?
De acordo com a cirurgiã plástica Denise Piccioli, a ginecomastia é uma patologia relativamente frequente entre o público masculino. Isso porque os homens possuem resquícios de glândulas mamárias e há fatores que podem ocasionar o crescimento delas.
A manifestação mais comum, por volta dos 15 aos 17 anos, tem ligação com os hormônios da puberdade. Neste caso, a condição geralmente é passageira. Mas fatores hereditários também podem ter uma relação direta com a patologia que, dentro deste contexto, vai exigir um tratamento para ser contornada.
Fatores externos também têm influência sobre a ginecomastia. O uso de anabolizantes e o consumo contínuo de álcool podem ocasionar o problema. Raramente, tumores de hipófise (glândula que fica no cérebro e responsável pela regulação e produção de diversos hormônios) são os responsáveis pelo quadro.
É importante considerar ainda que existem diferentes graus de manifestação da ginecomastia:
Grau 1
Ocorre apenas um aumento discreto da glândula mamária. Geralmente, só é perceptível uma saliência da aréola.
Grau 2a
Há um aumento moderado da glândula mamária, mas sem excesso de pele.
Grau 2b
Neste caso, há um aumento moderado de glândula mamária e excesso de pele.
Grau 3
Nota-se um aumento significativo da glândula mamária, com grande excesso de pele. O aspecto é de uma mama feminina.
O tratamento da ginecomastia depende muito do grau em que ela se apresenta. Por isso, é fundamental contar com um diagnóstico assertivo. Ele poderá ser feito clinicamente e com auxílio de ultrassom.
Tratamento da condição
Nos casos mais agravados de ginecomastia, em que não há possibilidade do quadro se reverter sem intervenções, o cirurgião plástico poderá indicar alguns procedimentos. A lipoaspiração é uma alternativa para reduzir a glândula mamária. Quando há pele em excesso, também pode ser feita uma incisão em torno da aréola para retirar o tecido.
O procedimento pode ser realizado com anestesia local e sedação ou anestesia geral: tudo depende da vontade do paciente e da dimensão da cirurgia a ser realizada. O procedimento leva cerca de uma hora e o pós-operatório não é muito desconfortável, mas exige alguns cuidados, como usar malha elástica por 15 dias e fazer sessões de drenagem linfática.
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