Comer, diariamente, mais de cinco porções de frutas e vegetais reduz em 11% as chances das mulheres desenvolverem câncer de mama, principalmente dos tumores mais graves. É o que mostra uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos e divulgada no periódico científico Journal of Cancer, em julho deste ano.
Segundo o estudo, quem ingere menos de duas porções diárias desses alimentos está mais suscetível a desenvolver células cancerígenas nas mamas. O estudo ainda sugere a ação benéfica de alguns vegetais e frutas em específico, são eles: os de cor verde escura como o brócolis e os vegetais de tons amarelados e alaranjados.
Por muito tempo, os cientistas tinham apostado na ação das fibras contra o câncer, mas essa nova pesquisa aponta que boa parte do poder preventivo está nos antioxidantes e micronutrientes dos alimentos. Participaram da pesquisa cerca de 180 mil mulheres que detalharam seus hábitos alimentares, para efeito comparativo dos pesquisadores, durante 37 anos.
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“Esse é o maior e mais completo recorte da importância da alimentação saudável na prevenção de câncer no caso do público feminino”, conta Maryam Farvid, uma das cientistas que integra o departamento de nutrição da instituição, que se debruça sobre o tema desde a década de 80.
A importância do diagnóstico precoce
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a variação da doença que atinge as mamas é a mais comum entre mulheres, tanto no Brasil, quanto no mundo. A estimativa é que, anualmente, o câncer de mama some 28% de novos casos. Essas estatísticas são válidas apenas se não considerarmos o câncer de pele não melanoma.
A principal forma de diagnosticar o câncer de mama é através da mamografia. O exame não-invasivo é capaz de capturar imagens do seio feminino e apontar para a possível existência de tumores ou anormalidades. De início, a câncer de mama não apresenta nenhum sintoma, por isso é uma doença tão perigosa.
Dados apontados pelo INCA sugerem que, quando diagnosticada precocemente, a paciente portadora da doença tem 88,3% chances de sobreviver. A questão é que há discrepância sobre a idade necessária para fazer o exame pela primeira vez. Se alguns ginecologistas indicam fazê-la com quarenta anos, com o aval da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o INCA costuma indicar a faixa etária entre os 50 aos 69 anos.
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Como fazer o exame de mama
A mamografia deve ser feita anualmente ou a cada dois anos, caso não haja nenhuma alteração. Existe também o autoexame das mamas que pode e deve ser realizado com uma regularidade maior e também funciona como um alerta para o diagnóstico definitivo.
Confira abaixo o passo a passo para realizá-lo:
- Em frente ao espelho, observe os dois seios, primeiramente, em posição de repouso, com os dois braços para baixo.
- Coloque as duas mãos na cintura e faça um pouco de força, observe se há alguma alteração.
- Depois, posicione ambas atrás da cabeça e confira a posição, tamanho e forma dos mamilos.
- Apalpe os seios e sinta se há algum nódulo ou qualquer outro tipo de alteração.
- Pressione os dois mamilos com leveza e veja se há saída de alguma secreção.
- Se notar alguma irregularidade, procure um ginecologista e de acordo com as suas orientações agende a mamografia.
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