Filhos

Inteligência emocional foca no auto-controle infantil e qualifica alunos

Por Redação Doutíssima 15/08/2014

Uma prática que está crescendo cada vez mais nos Estados Unidos da América e Inglaterra, mas que ainda enfrenta desconfiança no Brasil, é o incentivo à inteligência emocional das crianças. O conhecimento das próprias emoções também permite uma melhor interação social, além de proporcionar auto-controle e um melhor desempenho nas aulas, afirmam pesquisas.

Inteligência emocional contra o bullying

O assunto entrou na pauta de discussão dos americanos em decorrência da grande onda de problemas que os jovens vem sofrendo nas últimas décadas. O bullying fora de controle, a violência em demasia e até os suicídios de crianças e adolescentes colaboraram para que uma atenção especial fosse dada a essa faixa etária da população e o seu comportamento.

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A inteligência emocional traz benefícios sociais e educativos para a criança. Foto: Shutterstock

George Lucas é defensor do tema

Um dos mais famosos apoiadores da educação emocional é o criador e diretor da franquia cinematográfica Star Wars, George Lucas. O profissional defende que elementos como a convivência em sociedade e a automotivação são alguns dos fatores que são mais importantes do que o QI alto, quando se busca atingir boas notas.

Lucas é o dono da Fundação Educacional George Lucas, também conhecida como Edutopia. A organização, sem fins lucrativos, produz livros, revistas, filmes e outros materiais sobre a educação emocional pra serem distribuídos nas escolas estadunidenses. A Edutopia também financia pesquisas sobre o assunto.

Para desenvolver a inteligência emocional nos jovens, deve-se, desde cedo, incentivar a reflexão das situações. Ajudá-los a compreender os acontecimentos e os motivos que o acarretaram. Entendendo o que fez errado e por que errou, saberá como solucionar o problema sozinho no futuro.

Por mais que se incentive a educação emocional nas escola, é de suma importância que os ensinamentos continuem a ser realizados também em casa. Os pais, assim como os professores, devem dar o exemplo. Pais e mães devem incentivar a reflexão quando o filho faz algo errado e auxiliá-los no autocontrole dos sentimentos.

Como incentivar a inteligência emocional nas crianças

Os pais que desejam incentivar a inteligência emocional em seus filhos, mas ainda não a fazem, devem seguir quatro passos:

1. Identificar as emoções da criança.

2. Compreender essas emoções.

3. Incentivar a criança a falar, por para fora tudo aquilo que ele sente.

4. Auxiliar o jovem a encontrar soluções e a compreender os seus problemas.

Com esses quatro passos, os pais já estarão colaborando no crescimento educacional e social dos filhos. Mas é preciso ter em mente que o tratamento é válido também para os pais, que precisam dar o exemplo.

Outros efeitos positivos

Pesquisas mostram que crianças com uma inteligência emocional saudável tendem a ter, no futuro, um casamento longo, possuem um baixo índice de depressão, se recuperam mais rapidamente de experiências negativas e até apresentam um rendimento escolar, ou acadêmico, melhor.

Com benefícios pessoais que envolvem o convívio em sociedade e até o bem-estar, a discussão do tema ganha relevância. Através de pesquisas, prova-se, cada vez mais, que o incentivo à inteligência emocional é mais eficiente e saudável do que o apoio puro ao desenvolvimento cognitivo do QI (quociente de inteligência) nas crianças.

 

 

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