Guia do Câncer

5 questões sobre o transplante de medula

Por Redação Doutíssima 16/09/2014

Muitas são as campanhas de conscientização em relação ao transplante de medula pelo Brasil. Em linhas gerais, essas iniciativas buscam cadastrar doadores para avaliar a compatibilidade posterior.

Transplante de medula pode salvar vidas

Caso você tenha vontade de participar e se registrar, mas ainda tem dúvidas em relação ao processo, confira nesse artigo algumas questões que separamos sobre o transplante de medula, lembrando que a sua ação pode salvar vidas.

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O transplante de medula óssea é indicado para uma série de doenças no sangue. Foto: Shutterstock

1. Quando o transplante de medula se faz necessário?

O transplante de medula é necessário em casos de doenças relacionadas ao sangue, como a anemia aplástica grave, mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda.

No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante de medula também pode ser indicado. A anemia aplástica consiste em uma doença caracterizada pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de ela não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para “substituir” a medula improdutiva por uma sadia.

Já a leucemia é um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos, prejudicando assim sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais.

2. Como funciona o processo para o doador?

Antes do momento da doação, é exigida uma série de exames que visam atestar a boa saúde da pessoa que irá doar a medula. No entanto, não são feitas exigências relacionadas à mudança de hábitos de vida, trabalho ou de alimentação.

A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções com agulhas nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.

3. Existem riscos para o doador?

Os riscos que podem acometer o doador de medula são poucos e estão relacionado com a necessidade de anestesia – riscos que qualquer procedimento em que haja anestesia fica predisposto.

Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Os sintomas que podem ocorrer após a doação são passageiros e controlados com medicação simples. Após a doação pode ocorrer dor local, sensação de fraqueza temporária e dor de cabeça.

4. O que é a compatibilidade?

Quando se fala em conscientização relacionada ao processo de doação de medula óssea, é muito comum ser orientado a respeito da necessidade de compatibilidade. A compatibilidade total entre doador e receptor é fundamental para que a medula não seja rejeitada pelo corpo durante o transplante de medula.

A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%.

5. Como se inscrever no programa de doação voluntária?

Ser doador de medula é muito fácil. Basta se cadastrar como voluntário nos hemocentros situados nos estados de todo o país.

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