Onze de outubro foi comemorado o Dia do Deficiente Físico. A data simboliza a luta das pessoas com deficiência pela defesa de seus direitos de inclusão, acesso e cidadania. E os deficientes físicos no esporte mostram a sua força com muitos exemplos de superação.
Apesar das dificuldades que enfrentam, muitos desafiam as adversidades e demonstram que uma vida muito próxima ao normal é possível. A surfista havaiana Bethany Hamilton, 24 anos, é um dos exemplos de deficientes físicos no esporte.
Exemplos de deficientes físicos no esporte
Conhecida por seu talento para o surf, ela compete de igual para igual com outras profissionais, ainda que tenha tido um dos braços amputado em um acidente. Em 2003, a jovem teve o membro arrancado por um tubarão.
Hamilton não deixou que o problema a impedisse de seguir praticando o esporte que ama e desde então vem colecionando prêmios, com destaque para o NSSA National Competition 2005, onde ficou em primeiro lugar; o Billabong ASP World Junior Championship Austrália, onde garantiu a segunda posição; e o Surf n Sea Pipeline Women’s Pro USA, onde ficou na liderança este ano.
Sua história de vida é tão comovente que ela a compilou em um livro que no Brasil foi traduzido como Soul Surfer: A Verdadeira História de Fé, Família e Luta para voltar à Prancha. A obra foi tão bem recebida que em 2011 foi adaptada para o cinema sob o título Soul Surfer.
Grandes feitos de deficientes físicos no esporte
Outro grande exemplo de superação de deficientes físicos no esporte foi dado pelo francês Philippe Croizon. Em 2010, Croizon ficou conhecido no mundo todo por cruzar o Canal da Mancha nadando em menos de 14 horas. O feito ganhou visibilidade porque, além de se tratar de um grande desafio para qualquer nadador, Croizon é deficiente físico.
Em 1994, ele foi vítima de um acidente elétrico enquanto consertava a antena de sua casa. O choque foi de tamanha dimensão que resultou na amputação de seus braços e pernas. Philippe Croizon foi, portanto, a primeira pessoa quadruplamente amputada a atingir tal marca.
Mas os exemplos de superação de deficientes físicos no esporte não vêm só do exterior. Raphael Nishimura é orgulho nacional. Vice-Campeão Mundial de ParaClimbing em 2012, ele é também o idealizador do projeto ParaClimbing Brasil, que visa estimular as pessoas com deficiência à prática do alpinismo.
Nishimura sofre de distonia muscular, doença que dificulta o envio de sinais do cérebro ao corpo, o que atrapalha seus movimentos. Junto do escocês Kevin Shields, é nome já disseminado na comunidade da escalada internacional.
Na natação brasileira, Daniel Dias é a grande celebridade entre os deficientes físicos no esporte. Nascido com má formação nos membros superiores e na perna direita, Dias nunca deixou de praticar o nado – e de brilhar no esporte: tem 15 medalhas conquistadas em Paraolimpíadas, sendo 10 de ouro, e ainda levou o Prêmio Laureus do Esporte em 2009.
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