Combinar sexo e gravidez é um tabu para papais e mamães de primeira viagem. Quando se descobre uma gestação, as dúvidas começam a surgir, e as inseguranças persistem durante todo o pré-natal. A incerteza sobre a possibilidade de aliar sexo e gravidez é uma das principais questões desse período.
A boa notícia para esses casais é que sexo e gravidez combinam, sim. Exceto em casos diagnosticados previamente pelo médico como de risco, manter as atividades sexuais ativas traz benefícios e por isso pode ser feito com raras restrições, até a chegada do bebê.
Sexo e gravidez prejudica o bebê?
Uma das maiores preocupações em relação à combinação sexo e gravidez é que a prática possa vir a interferir no desenvolvimento do bebê. No entanto, é importante saber que, caso a gravidez não seja de risco, o mais importante para a saúde do feto é a qualidade de vida da mãe, o que pode ser atingido também por meio de uma vida sexual saudável. Em condições normais de gestação, o sexo não machuca o bebê, pois ele está muito bem protegido dentro do útero.
Mesmo a partir do sexto mês da gravidez, quando o bebê passa a ter a capacidade de perceber melhor os estímulos externos, quando o assunto é sexo, ele vai sentir apenas os estímulos mecânicos. Para o bebê, será uma sensação semelhante à sentida quando a mãe está se movimentando para qualquer outra tarefa.
Perto da data do parto, ainda é possível aliar sexo e gravidez?
Já no período final da gravidez, a relação sexual pode causar contrações no útero. Para as mulheres sem risco de parto prematuro, no entanto, essas contrações não são um problema. O que acontece é que, quando há predisposição à dilatação do colo uterino, é interessante que o cuidado seja redobrado. Nesse caso, abstinência sexual pode ser uma alternativa preventiva de um parto prematuro.
No entanto, quem deseja um parto normal deve seguir a lógica inversa. Isso significa que casais que passam por uma gravidez saudável e tranquila e querem que o parto seja natural, combinar sexo e gravidez passa a ser recomendado. A explicação clínica é que o sêmen possui uma substância que relaxa o colo do útero, chamada prostaglandina.
Sexo após o parto
Depois do nascimento do bebê, é recomendado que o casal interrompa por um tempo as relações sexuais. Os médicos indicam que a abstinência permaneça por pelo menos seis semanas, a fim de que o corpo feminino se reestabeleça do parto e volte a desenvolver uma proteção natural contra microorganismos e infecções.
Principalmente após uma cesariana, é importante aguardar o período de recuperação, isso porque, além das complicações cirúrgicas, caso ainda não haja cicatrização, dificilmente a mulher conseguirá se soltar e curtir a relação sexual.
Além disso, é importante que o homem entenda que, assim que o bebê nasce, há uma predominância do hormônio que leva à produção do leite. Tal condição tende a fazer com que a mulher tenha uma queda na libido. Essa reação também pode ocorrer durante a gravidez, alterando a vontade da mulher de praticar sexo.
Qualquer dúvida relacionada a sexo e gravidez que persistir deve ser sanada com o médico de sua confiança, que é a pessoa mais capacitada para indicar as limitações – ou não – da gestação.