O lúpus é uma doença rara e grave, não distingue faixa etária ou gênero, mas ocorre mais em mulheres entre 20 e 45 anos e afrodescendentes de ambos os sexos. Apesar de não haver cura, é possível conviver e manter o controle do lúpus.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, são 65 mil ocorrências da anomalia no país – das quais 4.475 necessitaram inclusive de internação hospitalar apenas em 2013.
Como é o controle do lúpus
O controle do lúpus se dá a partir da combinação entre tratamento médico e ajustes nos hábitos cotidianos. As medidas necessárias variam muito, por conta de fatores individuais e da diversidade de sintomas e dos órgão atacados (coração, rins ou pulmões).
Um bom diagnóstico é importante também em função de outras duas modalidades secundárias de lúpus, mais leves e curáveis. Uma delas é o lúpus discoide, que causa apenas lesões na pele e cujo tratamento é com pomada ou remédio.
Há ainda o lúpus induzido por drogas, que surge em virtude do uso excessivo de medicamentos. Em geral, a suspensão do fármaco é suficiente para reverter o quadro.
O que é
O nome completo da doença é lúpus eritematoso sistêmico (LES) e seus sintomas manifestam-se em diversos órgãos, variando conforme as origens: erimatosa ou sistêmica.
No primeiro caso, o distúrbio afeta principalmente a pele, causando manchas vermelhas ou róseas. Já no segundo, sistêmico, as complicações são maiores e podem prejudicar atividades essenciais, como as da medula óssea, pleura e pericárdio.
À medida em que evolui, a enfermidade passa a interferir no sistema imunológico, gerando desequilíbrios que facilitam infecções e debilitam o paciente. Além de dificultar o controle do lúpus, esse aspecto contribui para disfunções neuropsiquiátricas como depressão, alteração de humor e convulsões.
Como ele ataca
O leque de sintomas é vasto, pois a doença pode agredir qualquer tecido. Contudo, alguns sinais são mais genéricos e comuns à maioria dos pacientes. Os principais são: mal-estar, febre, dor de cabeça e de estômago, inchaço nas articulações, alterações sanguíneas, queda de cabelo, feridas na boca e fotossensibilidade.
Dentre todos, o mais recorrente são as lesões na pele, em especial nas bochechas e no nariz, formando, em 80% dos casos, uma “asa de borboleta”.
O que desencadeia
Sem motivos aparentes e por causas atualmente ignoradas, o lúpus simplesmente “surge”, em qualquer fase da vida. Há desconfianças quanto ao fator genético, mas sabe-se que se trata de uma patologia autoimune, desencadeada a partir de anomalias no sistema imunológico, que começa a atacar as células.
Outra certeza é a de que o estresse emocional não é a causa, mas contribui para sua ativação ou reativação e dificulta o controle do lúpus.
Diagnóstico
Como em boa parte das doenças, um bom controle do lúpus está ligado à precocidade do diagnóstico. Para tanto, é necessária uma análise criteriosa das manifestações orgânicas.
Esta análise deve ser acompanhada de uma medição do FAN (fator ou anticorpo antinuclear), obtida através de exame de sangue. Isso porque a quase totalidade dos portadores da patologia apresentam FAN positivo.
Controle do lúpus pela reversão dos sintomas
Sem cura, tudo o que se pode fazer é o controle do lúpus, então o tratamento consiste na reversão dos sintomas. Os remédios visam modular o sistema imunológico e os mais indicados apresentam corticoide e cloroquina em sua formulação ou são imunosupressores.
Porém, cada caso precisa de avaliação específica. Outros fatores decisivos são a adoção de uma dieta equilibrada e prática de atividade física.
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