Clínica Geral

Entenda a diferença entre os tipos de lúpus eritematoso e os tratamentos mais comuns

Por Redação Doutíssima 23/04/2014

Com chances de surgir em qualquer faixa etária, mas atingindo em maior parte as mulheres jovens, o lúpus eritematoso sistêmico (também abordado na literatura médica pela sigla LES) é uma doença inflamatória autoimune que é desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico.

Isso acontece quando o organismo, ao invés de produzir anticorpos para proteger o corpo de agentes nocivos, começa a atacar algumas células do organismo sem diferenciar entre substâncias nocivas e substâncias saudáveis.

lúpus eritematoso

A doença pode causar manchas avermelhadas em áreas mais expostas à luz solar. Foto: Shutterstock

Ainda sem cura conhecida e sem uma causa aparente definida, a doença pode se manifestar sob forma discoide, atingindo apenas a pele. Neste caso, quando ela acomete qualquer tecido do corpo, provoca manchas avermelhadas em áreas mais expostas à luz solar, como os braços, as orelhas, o rosto e o colo. Vem daí a origem do nome da patologia, já que eritema significa congestão cutânea que causa a vermelhidão da pele. Em torno de 10% das pessoas com este tipo de lúpus podem evoluir para a sua forma sistêmica. O termo se aplica quando são atingidos órgãos como rins e coração.

Estes são os dois tipos principais da doença, embora indivíduos portadores de lúpus eritematoso sistêmico possam apresentar diferentes formas de lesões. A mais conhecida delas se manifesta em forma de asa de borboleta, seus alvos principais estão nas bochechas e no dorso do nariz e a lesão é considerada um eritema elevado. Podem aparecer, ainda, machas eritematosas planas ou elevadas em qualquer parte do corpo.

Fotossensibilidade

Também é característico em quem sofre de lúpus a fotossensibilidade, condição extrema da pele quando o indivíduo é exposto à luz do sol ou a fontes luminosas artificiais. Nestes casos, as áreas expostas podem apresentar manchas proeminentes ou localizadas. Dependendo do nível de sensibilidade aos raios ultravioleta e da exposição ao sol, podem ocorrer lesões mais profundas na pele.

A doença também costuma ser identificada pela ocorrência de pequenas feridas na boca e no nariz, pela artrite ou lesão renal, a qual evolui rapidamente para insuficiência renal progressiva, convulsão e serosite. Portadoras de lúpus eritematoso sistêmico também podem enfrentar dificuldades para engravidar ou levar a gestação adiante. No entanto, a gravidez é possível, desde que haja acompanhamento médico permanente, respeitando algumas medidas terapêuticas.

Tratamento do lúpus eritematoso

Como não há cura para o lúpus eritematoso sistêmico, o tratamento foca no controle dos sintomas. Há recursos terapêuticos que ajudam a conter as crises e a evolução da doença. O uso de corticóides modernos tem apresentado menos efeitos colaterais. Além disto, a ciclofosfamida, imunossupressor usado nos transplantes, tem-se mostrado eficaz para controlar a formação dos complexos imunes. Uma importante conquista médica se deu com a aplicação da plasmaferese, que tem sido utilizada para eliminar os complexos imunes circulantes e regredir as lesões renais e cerebrais.

Apesar dos avanços no tratamento da doença, algumas recomendações devem ser seguidas pelos portadores da doença, como: não consumir álcool, cigarros e outras drogas, evitar a exposição ao sol e usar protetores solares todos os dias, respeitar as limitações que possam ocorrer durante as crises e manter atividade física regular.

 

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