Gestante

Riscos e mitos da gravidez depois dos 40

Por Redação Doutíssima 21/12/2014

Grávida aos 45 anos, a atriz Carolina Ferraz é um exemplo para muitas mulheres que desejam engravidar, mas que acreditam que já estão “velhas” para uma gestação. Assim como Carolina, a atriz americana Halle Berry teve filho aos 47 anos. Madonna, aos 42 anos. A apresentadora brasileira Márcia Goldschmidt deu à luz gêmeas aos 50. A gravidez depois dos 40, que antes era vista com certa desconfiança, parece ter se tornado cada vez mais presente nos dias atuais.

 

É que o advento da pílula anticoncepcional e a participação ativa da mulher no mercado de trabalho, fizeram com que muitas optassem por adiar o momento de ser mãe. A prorrogação do sonho de gerar um filho, no entanto, não significa que elas tenham deixado o desejo em segundo plano.

gravidez após 40 anos

Apesar de oferecer mais riscos, gestação após os 40 é uma realidade.

 

Gravidez depois dos 40 e estabilidade

 

O que acontece hoje, portanto, é ver muitas mulheres decididas a ter seu bebê após conquistar estabilidade financeira e emocional, o que tem ocorrido com frequência depois dos 40 anos de idade.

 

A gravidez depois dos 40 tem suas vantagens: a mãe já atingiu certa maturidade emocional, além de ter certeza de que quer o filho, abrindo espaço para a criança em sua vida. Por outro lado, gravidez depois dos 40 requer mais cuidados já que quanto mais tardia a gestação, maiores os riscos para mãe e bebê.

 

Conforme especialistas, o tempo é inimigo quando o assunto é reprodução, sobretudo quando se trata do aparelho feminino. A explicação é que, assim como os demais órgãos, os óvulos, que nascem junto com a mulher, envelhecem, perdendo a qualidade.

 

Nesta lógica, afirmam experts, o período biologicamente ideal para a gestação compreende os dos 18 aos 28 anos. Com o decorrer do tempo, as chances de fertilização natural são reduzidas ano a ano. Em muitos casos inclusive, a gravidez depois dos 40 conta a ajuda de técnicas de reprodução assistida.

 

Ainda assim, é equivocado afirmar que a mulher que ultrapassa as quatro décadas de vida não consegue engravidar. Trata-se de um mito. Riscos aumentados de diabetes, hipertensão e aborto espontâneo são os primeiros problemas associados à gravidez depois dos 40.

 

Especificamente para o bebê, a gestação tardia pode resultar em enfermidades, com destaque a Síndrome de Down – se aos 20 anos a ocorrência da doença é de um em cada 1.600 nascimentos, a partir dos 40 este índice é de um em cada 100.

 

De igual maneira, a vulnerabilidade do feto às Síndromes de Edwards e de Patau é potencializada na gravidez depois dos 40.

 

Gravidez depois dos 40 e o risco de prematuros

 

O nascimento prematuro da criança outro fator associado à gestação após os 40 anos. Cerca de 15% dos bebês nascidos antes do tempo vêm ao mundo em razão de complicações no período gestacional – as mamães acima dos 40 anos contribuem claramente para este percentual.

 

Apesar dos riscos, a gravidez depois dos 40 pode, sim, ser uma realidade, desde que o acompanhamento médico seja feito mais de perto.

 

O pré-natal nos casos de gestação em idade superior à ideal deve ser realizado com mais frequência assim como os exames de checagem do bebê, pois o diagnóstico precoce de qualquer anomalia é fundamental para que o melhor tratamento seja estudado.

 

Uma dica importante para as mulheres que pretendem engravidar é que iniciem a administração de ácido fólico pelo menos três meses antes de começar as tentativas de fertilização. O composto é fundamental para o bom desenvolvimento do feto e altamente indicado pelos obstetras.

 

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