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MERS: uma doença preocupante

Por Redação Doutíssima 13/03/2015

Um novo agente infeccioso, membro da família dos coronavírus, tem preocupado o mundo. O vírus MERS-CoV, causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, surgiu em 2012 na Arábia Saudita e, desde então, já deu as caras em outros países do Oriente Médio, além de já ter sido identificado na Europa e nos Estados Unidos no último ano.

 

Desde sua primeira aparição, o MERS já causou 139 mortes e 480 indivíduos infectados na Arábia Saudita e 28 casos de contaminação em todo o mundo, sendo que destes, 10 foram a óbito.

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Síndrome Respiratória do Oriente médio pode causar falta de ar, febre e mal-estar. Foto: iStock, Getty Images

Encontrado em camelos, a forma de contágio do vírus entre seres humanos não foi totalmente estabelecida.  Não se sabe se a doença tem ou pode desenvolver a capacidade de ser disseminada continuamente de pessoa para pessoa.

Para tornar a ameaça ainda mais perigosa, nem todos os infectados apresentam os sintomas. Quando a doença se manifesta efetivamente, a situação tende a ser bem grave.

 

Os principais sintomas da MERS são a falta de ar, febre e um mal-estar geral, sendo que, aos poucos, a dificuldade de respirar se intensifica e o indivíduo tem de ser internado. Isso ocorre porque o vírus causa uma significativa agressão às vias aéreas e aos pulmões.

A doença pode provocar pneumonia severa e falha renal em alguns casos. Estima-se que o índice de mortalidade seja de 30 a 40%.

 

Risco de epidemia da MERS

 

Diante deste cenário preocupante, autoridades em saúde pública de todo o globo analisam a possibilidade da MERS se tornar uma epidemia mundial. Mas de acordo com especialistas da área, o risco de a doença se espalhar pelo planeta é baixo.

 

Isso porque nos países da Europa e nos Estados Unidos, onde houve registro de contaminação, o número de casos foi pequeno e o problema devidamente controlado.

Para evitar que o vírus se espalhe e ganhe a classificação de epidemia global, é fundamental que os indivíduos infectados sejam isolados e não tenham contato com outros pacientes em hospitais. O grande número de casos no Oriente Médio se deu justamente porque, na ocasião, não foram adotadas as medidas de controle adequadas para o caso.

 

Transmissão da MERS

Assim como outras doenças transmitidas por meio de propagação viral, a MERS também é espalhada pelo ar. Desta forma, o risco de propagação é maior em ambientes fechados ou com aglomeração de pessoas.

A causa de 60% dos casos diagnosticados se deu em virtude do contato com secreções de alguém doente, por exemplo, espirro, tosse, beijo e uso de mesmos talheres.

Por ser uma doença relativamente nova e que se desconhece sua verdadeira origem, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio ainda não possui nenhum tipo de tratamento ou prevenção eficaz, apenas o comum a outros tipos de doenças respiratórias.

 

Ou seja, a melhor forma de prevenir a doença é manter as mãos bem higienizadas, evitar encostar as mãos nos olhos, nariz e boca com as mãos sujas, tampar o nariz e a boca ao tossir ou espirrar e lavar e desinfetar superfícies onde haja bastante contato como brinquedos e maçanetas.

 

 

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