Psicologia

Conheça os tipos de depressão e enfrente a doença

Por Redação Doutíssima 09/04/2015

Você saberia dizer se algum familiar sofre com algum dos tipos de depressão? Talvez a resposta seja não, pois nem sempre é a doença é admitida. A falta de informação e o preconceito estão entre as principais barreiras no combate a uma das doenças mais frequentes – e mais graves – da atualidade.

 

Poucas pessoas sabem identificar ou conhecem as várias formas da depressão. Além disso, uma parcela muito menor tem coragem de admitir sua existência ou procurar ajuda profissional.

As conclusões são de uma pequisa realizada no final de 2014 pela indústria farmacêutica Eurofarma em parceria com o Instituto Datafolha. Os resultados refletem a realidade da população da cidade de São Paulo que já sofreu, ou sofre, com a depressão e a forma como a sociedade enxerga a doença.

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta de que os vários tipos de depressão atingem mais de 350 milhões no mundo e podem afetar qualquer pessoa.

tipos de depressao

Tristeza profunda, angústia e baixa autoestima podem ser sinais de depressão. Foto: iStock, Getty Images

Quais são os tipos de depressão?

Antes de entender o que é a depressão de um modo geral, é preciso saber que a doença se manifesta em diferentes níveis. Quem fala sobre os tipos de depressão é a psicóloga Ana Cristina Fraia, coordenadora terapêutica da Clínica Maia, de São Paulo/SP.

Ela explica que existe a depressão endógena e a depressão exógena. Uma causada por questões orgânicas, físicas, que pode ser tratada com medicamentos. E há aquela desencadeada por fatores sociais e emocionais, que também pode ser tratada com remédios, mas precisa estar associada a uma terapia para que os sintomas sejam tratados.

Sobre o uso de medicamentos no tratamento da depressão, a psicóloga reforça que nem todo tipo precisa ser tratado quimicamente. “Depende do tipo e da intensidade, que pode ser leve ou grave”, acrescenta.

Mas como identificar a doença? Ana Cristina afirma que é preciso estar atento a sintomas clássicos, como uma tristeza profunda ou angústia que não passa. Falta de vontade de realizar atividades que antes eram rotina, distúrbio do sono e do apetite e baixa autoestima  são outros sinais que podem apontar os já citados tipos de depressão.

 

Todos os tipos de depressão exigem ajuda

Quando os sintomas se intensificam e se manifestam muito frequentemente, é hora de buscar ajuda profissional. “Alguns fatores, às vezes, podem desencadear crises, como acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas, consumo de drogas ilícitas e certos tipos de medicamentos”, diz Ana Cristina.

Nesse contexto, a psicóloga destaca que as mulheres são mais vulneráveis aos estados depressivos por causa da oscilação hormonal a que estão expostas, principalmente no período fértil.

 

Outro ponto importante apontado pela psicóloga é que as crianças também podem ser atingidas pelos tipos de depressão que existem. E os sintomas da doença nos pequenos os deixam mais arredios, irritados e apáticos.

 

De acordo com ela, a depressão não tem cura, mas tem controle. “O tratamento é necessário para a vida toda, às vezes mais ou menos intenso, por isso, a necessidade da psicoterapia para que a pessoa consiga se autoconhecer e identificar as possíveis recaídas”, diz.

A especialista ressalta ainda a importância da família para o sucesso do tratamento da depressão. “A família precisa acolher, entender o que é a doença, auxiliar a pessoa a realizar suas atividades diárias, ajudar na administração da medicação e, muitas vezes, fazer terapia também”, finaliza.

 

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!