Com o dia a dia corrido e estressante, é comum não ter tempo para relaxar e para saber o que te faz feliz. Conhecer melhor a pessoa mais importante da sua vida – você mesmo – é algo que faz falta para muitos indivíduos. E esse é um dos objetivos da metidação chamada vipassana. A prática de origem budista exige entrega para a promoção de clareza na mente.
Benefícios da meditação vipassana
A meditação vipassana é um método racional para a purificação da mente, eliminando fatores que causam dor e angústia. Esse estilo não depende da crença em um deus ou espírito, mas requer apenas o esforço e concentração do próprio praticante.
Jemima Gil, artista plástica que já esteve em contato com a meditação vipassana, menciona duas características muito importantes do método: equilíbrio e desapego. “A ideia é ser testemunha da sua própria pessoa e do que acontece consigo mesmo”, afirma.
Ela menciona, ainda, que a busca é pelo equilíbrio entre negativo e positivo. Quando acontece uma coisa ruim, as pessoas ficam desestabilizadas. O desequilíbrio também acontece quando há algo muito bom, que causa uma enorme euforia. “As emoções fortes nos deixam transformados”, diz.
Esse tipo de meditação promove uma observação, uma percepção do positivo e do negativo. Ambos fazem parte da vida, mas o objetivo é diminuir o apego a esses sentimentos que criam sofrimento.
Segundo a Sociedade Vipassana de Meditação, o desapego das situações externas não é uma maneira de fugir ou ficar indiferente aos problemas. É um modo de perceber o sofrimento alheio e conduzir um alívio sem se deixar afetar pela situação.
Ao observar minuciosamente cada sensação do corpo durante a meditação, é possível começar a buscar a origem emocional das dores físicas. Jemima diz que sua experiência trouxe insights sobre a própria vida e o modo de encarar os acontecimentos.
Como é a prática de vipassana
Jemima conta um pouco sobre a sua experiência de contato com esse tipo de meditação e recomenda que iniciantes busquem o mesmo caminho seguido por ela. “Para começar, é preciso fazer o retiro”, ressalta.
A artista fez um retiro de dez dias de imersão nas técnicas desse estilo de meditação e ressalta que é uma prática que precisa ser guiada. “Tudo começa com a observação da respiração, como o ar entra, como sai, se é frio, se é quente e que sensações provoca no corpo”, diz.
Para ela, a meditação tem um jeito específico de observar e há uma ordem a ser seguida. Por isso, é preciso de orientação a cada momento do desenvolvimento da prática, sendo recomendado o período de imersão (retiro) no aprendizado.
Jemima ainda adiciona que o retiro, geralmente, é em total silêncio. “Não é um local para fazer contatos, o foco é você mesmo”, diz.
Aliás, através do silêncio do ambiente e do foco na prática, a artista conseguiu perceber que a mente é “tagarela”, não para em nenhum momento. Jemima diz que a meditação vipassana trouxe mais tranquilidade e mais aceitação para a vida dela.
Outros benefícios conquistados pela meditação foram o relaxamento e o maior silêncio interior.
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