O simples uso do fio dental de forma regular poderia resolver um dos maiores problemas de saúde da população: a placa bacteriana, que resulta em gengivites e, muitas vezes, em periodontites. Essas doenças, em casos extremos, podem levar à necessidade de uma cirurgia na gengiva.
Além dos problemas de saúde, também há o fator estético e a autoestima da pessoa. Saiba mais sobre os procedimentos que existem.
Quando a cirurgia na gengiva é necessária
As doenças periodontais são divididas entre as gengivites e periodontites, que podem ser crônicas ou agressivas. As gengivites são causadas pela placa bacteriana.
A maior parte da população, portanto, tem a doença. No entanto, algumas podem complicar e resultar em periodontites, que podem ter indicação de cirurgia na gengiva para o tratamento ou para reparação.
Antes de chegar ao ponto de fazer uma cirurgia na gengiva, no entanto, existem outros tratamentos possíveis para as doenças periodontais, afirma o periodontista Fernando Daudt, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A recomendação geral é nunca desistir do fio dental. Muitas vezes, ao fazer a limpeza, as pessoas veem sangue e param de passar a fita, achando que estão machucando, mas ao contrário, é aí mesmo que devem usar. Mas é preciso procurar o dentista. “Sangue na gengiva é sinal, no mínimo, de uma gengivite. Algo vai mal”, diz o periodontista.
A gengivite, apesar de comum, é reversível. “Se tratada, ela pode ser curada sem deixar sequelas”, diz o periodontista. Já as periodontites também se caracterizam por placa na gengiva, mas acontecem na região de sustentação dos dentes, com efeitos irreversíveis. “O paciente pode ter perda óssea e retração da gengiva, portanto alguma sequela fica”, explica.
A retração gengival acontece seja por uma periodontite ou até mesmo por má escovação, e ainda por fatores que podem incluir componentes genéticos. Ela resulta no deslocamento da gengiva, expondo cada vez mais os dentes.
O periodontista pode realizar raspagens, que não necessitam de anestesia, optar por uma abordagem que envolva mais o paciente com a questão da higiene, utilizando fio dental e cremes com flúor, não necessariamente necessitando de cirurgia na gengiva.
Alguns casos, no entanto, justificam o procedimento cirúrgico na gengiva já durante o tratamento. “No caso dos dentes molares, podemos optar pelo acesso cirúrgico para chegar nas raízes”, exemplifica.
Outro fator que pode recomendar uma cirurgia na gengiva é a questão estética e relacionada à autoestima do paciente. Mesmo assim, o periodontista pondera que a prevenção e o tratamento ainda são fundamentais. “Até por que a gengiva pode ser reparada com cirurgias de recomposição, mas a perda óssea será bem mais complicada de recuperar”, justifica.
Conheça tipos de cirurgia na gengiva
Veja a seguir quais os tipos de procedimentos na gengiva que existem.
1. Retalhos gengivais
São diferentes técnicas cirúrgicas que podem ser aplicadas. É possível remover o tártaro e a placa. Além disso, é possível reposicionar o tecido gengival para fechar as retrações gengivais.
2. Gengivectomia
Remove o excesso de tecido gengival para melhor limpeza dos dentes. Envolve anestesia.
3. Gengivoplastia
Remodela o tecido saudável da gengiva ao redor dos dentes para melhorar a aparência. Indicada em casos de retração gengival.
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