Não é incomum mulheres sentirem dor durante a relação sexual. Em alguns casos, isso pode estar associado à dispareunia. Ela é causada por outros problemas subjacentes como o vaginismo – problema que faz os músculos vaginais ficarem tensos durante a penetração.
Por isso, os tratamentos focam na causa subjacente e podem ajudar a eliminar ou reduzir esse problema comum.
A prevalência de dispareunia em mulheres foi estimada em 40%, segundo um estudo publicado em 2008 na revista Menopause. Além disso, a dor durante o coito é capaz de acontecer em homens – embora seja raro e normalmente associada a doenças como irritação da pele do pênis, anormalidades físicas ou infecções de próstata ou testículos.
Dispareunia pode causar perda do interesse sexual
O sexo doloroso é angustiante e muitas vezes resulta em perda de interesse sexual e problemas de relacionamento, além de afetar o humor. A dispareunia é o termo usado para descrever a dor antes, durante ou após a relação sexual.
Há muitas causas, inclusive físicas – lubrificação insuficiente, infecção de pele, doença ou cirurgia, por exemplo. As causas psicológicas, como estresse e ansiedade, também podem contribuir para agravá-la.
A dor recorrente ou persistente na relação sexual nem sempre é causada por vaginismo ou falta de lubrificação.
A dispareunia pode ser dividida em três tipos de dor: a superficial, que ocorre na tentativa de penetração, muitas vezes causada por vaginismo; a vaginal, relacionada ao atrito, que alerta sobre problemas de lubrificação e distúrbios da excitação; e a profunda, ligada à entrada do pênis mais a fundo, muitas vezes associada à doença pélvica.
As emoções também estão profundamente entrelaçadas com a atividade sexual e são capazes de desempenhar um papel em qualquer tipo de dor. Dentre os fatores emocionais a serem considerados, estão problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, além de preocupações sobre aparência física e medo de intimidade.
Muitas vezes é difícil dizer se os fatores psicológicos estão associados à dispareunia. A dor inicial pode levar ao medo da dor recorrente, e isso torna difícil relaxar e não raro ocasiona mais incômodo. A partir daí, você pode começar a evitar essas atividades associadas com momentos doloridos – ou seja, o sexo.
Como acabar com a dor durante o sexo
Esse problema é diagnosticado com base em sintomas. As histórias médica e sexual, bem como um exame físico, ajudarão o médico a determinar a causa dos sinais. Caso a paciente esteja na menopausa, o profissional irá verificar se não há vaginite atrófica. Em mães novas, a amamentação também é capaz de levar à secura vaginal e dispareunia.
Durante o exame físico, o médico verificará a parede vaginal para detectar sinais de secura, inflamação, infecção, verrugas genitais e cicatrizes. Se nenhum sintoma físico estiver associado, o mais provável é que ele indique um profissional de saúde mental, já que aumentam as chances do problema estar associado a questões psicológicas.
Não há como evitar o aparecimento do problema, mas é possível tomar algumas medidas para reduzir os riscos. Uma boa higiene e cuidados médicos de rotina auxiliam bastante.
As preliminares e o estímulo também garantem a lubrificação adequada da vagina, sendo possível ainda usar um lubrificante à base d’água para ajudar – com isso as chances de dor diminuem consideravelmente.
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