Ao olhar para um fio de cabelo, é pouco provável que você consiga enxergar perigo ou qualquer coisa que se relacione a uma situação de risco. No entanto, saiba que para os pequenos, um simples fio pode ser uma ameaça à saúde e talvez à vida. Um exemplo é a chamada Síndrome do Torniquete de Cabelo.
Conforme um estudo publicado em 2010 no Annals of Saudi Medicine, essa síndrome é rara, mas quando ocorre é perigosa. Além disso, a maioria dos casos ocorre com bebês de até dois meses de idade.
Ela ocorre quando o fio de cabelo se enrola em alguma parte do corpo do bebê, mais frequentemente em um dos dedos, apertando e, com isso, atrapalhando ou até mesmo interrompendo a circulação do sangue na região e causando muita dor à criança. Casos mais extremos podem levar à amputação do dedo.
Fio de cabelo nas meias
Assim, é importante que os pais ou responsáveis pela criança observem atentamente cada parte do corpo do bebê, especialmente as meias, para certificarem-se de que não há nenhum fio de cabelo nas peças que possam se enroscar nos dedinhos.
Pode acontecer ainda de o fio de cabelo ficar enrolado no pênis do bebê e, da mesma forma, causar problemas na circulação sanguínea. Por isso, fique atenta especialmente às extremidades.
Se você notar uma coloração azulada, procure imediatamente ajuda e orientação médica. O tratamento dessa condição se dá por meio da retirada do fio de cabelo a fim de que se evite danos irreversíveis ao tecido.
Fio de cabelo enrolado no dedo do pé
Para conscientizar pais e cuidadores de bebês, a americana Tizzie Hall contou por meio de suas redes sociais o drama que sofreu. Ela, que também é especialista em sono de bebês, relatou em sua página do Facebook o que aconteceu com seu pequenino.
Ao perceber que ele não parava de chorar – mesmo depois de verificar todas as suas necessidades como higiene e alimentação -, ela decidiu tirar toda a roupa do bebê para tentar descobrir o que acontecia.
Então, ela percebeu um fio enrolado em um dos dedos do pezinho. Sem sucesso, ela tentou removê-lo com a ajuda do marido e de um paramédico.
Precisaram ir para o hospital e lá um cirurgião plástico conseguiu remover o fio usando anestesia local. Mas antes disso, foram várias as tentativas de remoção, o que só aconteceu com um procedimento mais complexo.
Depois de passado o susto, foi preciso que o filho de Tizzie permanecesse em observação para que se verificasse a volta da circulação sanguínea no local.
A ideia da especialista em sono de bebês não é assustar os pais, mas sim estimulá-los a serem mais observadores e a procurarem ajuda médica em situações como a que houve com o seu bebê.
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