Também conhecida como gestação ectópica, a gravidez tubária é um problema que ocorre quando a mãe fertiliza o feto fora do útero, geralmente nas trompas de Falópio. Ela pode ser causada por cirurgias de trompas, uso de dispositivo intrauterino (DIU) e relações sexuais com múltiplos parceiros.
Entre os sintomas desse problema estão dores intensas em um dos lados do abdômen e sangramentos. Quando atinge um estado mais grave, a gravidez tubária pode levar a um aborto, pois o feto não tem espaço suficiente para se desenvolver.
Cigarro e gravidez tubária
Um caso de gravidez tubária acontece fora do útero, quando o feto se fixa em uma das tubas uterinas, também chamadas trompas de Falópio. Conforme vai se desenvolvendo a gestação, a mulher sente dores, apresenta sangramentos e pode ter uma das trompas rompidas caso o quadro não seja diagnosticado.
Se houver hemorragia interna, em função do rompimento, o socorro deve ser imediato. O feto não sobrevive a essa situação e a mãe também corre riscos. Em geral, a gravidez ectópica pode ser observada entre a 4ª e 10ª semana de gestação.
Depois que o óvulo é fertilizado, o zigoto precisa de quatro a cinco dias para percorrer a trompa e chegar ao útero. Lá ele fica e se desenvolve. Em uma gestação tubária, provavelmente a mulher sofreu algum tipo de lesão na tuba uterina que bloqueou ou estreitou a passagem do óvulo fertilizado.
Na Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, cientistas descobriram que uma substância presente na fumaça do tabaco, a cotinina, provoca uma reação adversa e aumenta a concentração de PROKR1, uma proteína das trompas de Falópio.
Com isso, os músculos dessa região não conseguem se contrair e impedem que o óvulo chegue ao útero. Ou seja, mulheres fumantes estão no grupo de risco da condição.
Além de quem fuma, a gravidez tubária pode acontecer em mulheres que já tiveram doença inflamatória pélvica, sofreram de endometriose tubária, passaram por cirurgias abdominais ou costumam usar o DIU. O risco também aumenta com a idade.
Cólicas, sangramentos incomuns, dores fortes e súbitas na barriga, tonturas, diarreia, fezes com sangue, desmaios e dores nos ombros podem indicar um quadro do problema.
Tratamento da gravidez tubária
A principal forma de tratar a gravidez tubária é removendo o feto das trompas através de uma laparoscopia, que visa manter a tuba intacta. Essa operação é mais rápida que a cirurgia abdominal, que também aumenta os riscos de hemorragia.
Caso a trompa tenha rompido, os médicos dão preferência à cirurgia abdominal para conter mais rapidamente a perda de sangue. A remoção das tubas é determinada pela extensão das lesões, a saúde das trompas e o desejo da mulher em engravidar.
Em alguns casos, é possível realizar o tratamento apenas com administração do medicamento metotrexato, mas apenas quando a gestação é recente, os níveis de hormônio estão baixos e não houve rompimentos.
Depois de tratada, a mulher pode engravidar novamente, mas apenas com acompanhamento médico, pois o problema pode voltar a se manifestar.
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