Há uma tendência pequena e crescente entre as mulheres para algo que era impensável décadas atrás: a maternidade após os 50 anos. Com a implantação de embriões produzidos por fertilização in vitro através de óvulos doados por mulheres mais jovens, as com idade mais avançada e que já passaram pela menopausa têm conseguido engravidar e dar à luz.
Maternidade após os 50 é possível?
Não é incomum celebridades que se tornam mamães depois dos 40 anos. Gwen Stefani teve seu terceiro filho aos 44, Susan Sarandon deu à luz aos 45 anos, e Gina Davis concebeu gêmeos aos 48. As estatísticas apontam para um ligeiro aumento em mulheres que estão tendo bebês mais tarde na vida.
Uma pesquisa do Pew Research Center em 2010 descobriu que as taxas de natalidade atingem o pico nas mulheres que estão em seus 20 anos, mas que elas têm aumentado em mulheres de 35 a 39 (47%) e 40 a 44 (80%). Além disso, o jornal britânico Daily Mail indica que na Inglaterra aproximadamente três crianças nascem por semana de mamães acima de seus 50.
Há muitas razões para as mulheres decidirem ter um bebê mais tarde: carreira, segurança financeira, cumprimento das metas pessoais, viagens, doenças e também o fato de ter encontrado o “parceiro certo”. Algumas divorciam-se e casam-se novamente mais tarde, desejando também um filho com o novo parceiro. Mas como isso é possível?
Em realidade quem opta pela maternidade após os 50 costuma submeter-se à fertilização in vitro. Como a idade média da menopausa é 51 anos, elas também costumam usar óvulos doados por mulheres mais jovens. Segundo registros históricos, a mulher mais velha a engravidar é Rajo Devi Lohan, uma indiana que deu à luz aos 70 anos graças a tratamentos de fertilidade.
Embora não existam mais restrições biológicas para uma gravidez após a menopausa, é preciso estar atenta. Isso porque o risco de complicações associadas aumenta significativamente quando a mulher envelhece.
Riscos com a gravidez tardia
Geralmente qualquer mulher que atinge 35 anos de idade e fica grávida é considerada uma “mãe mais velha”. Do ponto de vista médico isso a coloca em maior risco de gestação múltipla, diabetes gestacional, pressão alta durante a gravidez, nascimento prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e aborto espontâneo – além de maior possibilidade de criança com anormalidade cromossômica.
Além disso, a gravidez tardia é fisicamente mais estressante para mulheres acima dos 50 anos do que naquelas mais jovens. De toda forma, os riscos de uma gestação aos 50 podem ser os mesmos de uma gravidez aos 40. É o que indica um estudo realizado pela Columbia University Medical Center.
Os pesquisadores avaliaram 101 mulheres com 50 anos ou mais que tiveram filhos através da doação de óvulos. Os resultados mostraram que mulheres acima dos 50 apresentam taxas semelhantes de complicações se comparadas a outras de menos de 42 anos submetidas ao mesmo processo de fertilização, relativamente a questões como diabetes gestacional e parto prematura.
A única diferença encontrada foi no que diz respeito à pressão arterial elevada. Todavia, os próprios cientistas indicaram que essa variação foi pouco significativa e talvez sequer esteja ligada à gestação tardia. O estudo foi publicado no American Journal of Perinatology.
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