Discutir as questões referentes à terceira idade é fundamental para compreender os desafios e as possibilidades dos idosos hoje em dia. É justamente com esse intuito que foi lançado o documentário Envelhescência.
A produção brasileira retrata o tema a partir da história de diferentes personagens, em uma narrativa tem como background o altruísmo e a alegria das pessoas retratadas, mostrando que é possível conviver sem estereótipos e longe da reclusão que geralmente é imposta aos idosos.
Saiba mais sobre o Envelhescência
Dirigido pelo cineasta gaúcho Gabriel Martinez, o documentário narra a história de seis personagens que se reinventam depois dos 60 anos. O longa-metragem mostra as diferentes atividades que essas pessoas desenvolvem na terceira idade: aprender a surfar, tatuar o corpo, estudar e virar maratonista são só algumas delas.
Abordando a perspectiva dos seis idosos, que são prova de que a rotina na terceira idade pode ser cheia de atividades e movimentação, o filme traz à tona o questionamento: afinal, o que é envelhecer?
O Envelhescência reflete sobre a longevidade, colocando em pauta o desgaste do tempo, mas dando ênfase à atitude dos personagens frente à vida. Dessa forma, o documentário busca quebrar paradigmas e derrubar preconceitos relacionados aos idosos.
O objetivo é mostrar às pessoas que é possível ter uma vida saudável e com prazeres depois dos 60. Além de retratar os personagens, o documentário inclui entrevistas com três especialistas: o filósofo Mario Sergio Cortella, o presidente do Centro Internacional de Longevidade, Alexandre Kalache, e a antropóloga Mirian Goldenberg.
O documentário levou dois anos e meio para ficar pronto e tem 84 minutos de duração, com lançamento em junho de 2015. No YouTube, o trailer da produção tem quase 20 mil visualizações.
Terceira idade no Brasil
Segundo estatísticas de 2013 da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 13% da população é formada por pessoas com 60 anos ou mais.
Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa em 64 mil domicílios brasileiros, em um total de 1,6 mil cidades. Os dados também revelam que 84% dos idosos participantes possuíam algum tipo de limitação – tornando necessária ajuda para desempenhar tarefas. Entretanto, 10,9% disseram que não recebiam auxílio algum.
Em relação à limitação funcional, como dificuldade para comer e tomar banho, 6,8% dos idosos se encaixavam nessa situação, enquanto 17,3% possuíam dificuldades para desempenhar atividades instrumentais, como tomar medicamentos, por exemplo.
Além disso, os números apontam que 18% dos idosos pagam pelos próprios cuidados, mas 79% recebem a ajuda de familiares. O estudo evidenciou ainda que as limitações tendem a ser menores à medida em que aumenta o grau de instrução apresentado. Ou seja, também vale estimular o aprendizado e a independência sempre que possível.
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