Qualidade de vida

Qualidade de vida dos idosos: Brasil fica em 56º em ranking mundial

Por Redação Doutíssima 10/09/2015

O aumento da expectativa de vida da população mundial é uma questão recente, que fomenta pesquisas. Um levantamento anual feito pela organização HelpAge International, em parceria com a Universidade de Southampton (EUA), acaba de revelar que o Brasil ocupa o 56º no ranking mundial, no que se refere à qualidade de vida dos idosos.

O panorama do ranking levou em consideração aspectos gerais relacionados ao bem-estar dos idosos, através de avaliações feitas em 96 países. Entre os critérios considerados, estão questões como a renda, o acesso à saúde e educação e o próprio ambiente onde vivem as pessoas na terceira idade. No ano passado, o Brasil ocupou o 58º lugar.

De acordo com os dados apresentados na pesquisa, o país que apresenta melhor qualidade de vida dos idosos é a Suíça. Na sequência, aparecem Noruega, Suécia e Canadá. O país que ocupa o último lugar é o Afeganistão.

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Brasil subiu duas posições entre os países que mais oferecem qualidade de vida a idosos. Foto: iStock, Getty Images

 

Qualidade de vida dos idosos: IBGE apresenta dados

O aspecto que mais favoreceu o Brasil no ranking da HelpAge International foi a questão financeira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 81,9% dos idosos brasileiros recebem pensão ou assistência social.

Em agosto, o IBGE também apresentou outros novos dados em relação à situação dos idosos no Brasil, relativos à Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita em 2013. Segundo o levantamento, cerca de 13% da população naquele ano era composta por pessoas de 60 anos ou mais.

A pesquisa sugere que aproximadamente 84% do grupo consultado possuía algum tipo de limitação. Dentro deste cenário, um indicador apontou que 17,3% dos idosos tinham dificuldades na realização de atividades banais, como fazer comprar no supermercado, utilizar o transporte público ou tomar medicamentos.

Cerca de 2,8% dos idosos brasileiros, segundo as estatísticas, também encontravam dificuldades funcionais para tomar banho, comer ou trocar suas roupas. Os dados referentes ao auxílio prestado às pessoas na terceira idade avaliaram que 18% deles pagavam para manter seus próprios cuidados, enquanto 79% eram auxiliados por parentes.

Expectativa de vida cresce

As projeções da PNS retratam um cenário que acompanha as estatísticas globais: o avanço do envelhecimento populacional. A expectativa de vida do brasileiro subiu de 62,7 para 73,9 anos, entre 1980 e 2013.

Segundo os dados da HelpAge, o país no qual os idosos têm maior expectativa de vida é o Japão. Lá, quando a pessoa atinge os 60 anos de idade, ainda possui cerca de 26 anos a mais de vida. Já no Brasil, a média é de 21 anos na sequência. A estimativa equivale à média mundial.

Para que o Brasil ocupe uma posição melhor no ranking de melhor qualidade de vida dos idosos, precisará superar outros países da América Latina. Por exemplo: Chile (21ª posição), Uruguai (27ª), Argentina (31ª) e Colômbia (36ª).

Se o Brasil quiser ocupar um bom posicionamento, deverá oferecer um melhor ambiente aos idosos. Especialmente porque, se fosse considerado apenas esse aspecto, o país cairia para o 87º lugar no ranking. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, o número de denúncias sobre abusos em idosos, em 2014, foi de 21.178 – índice alto.

 

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