O vírus da zika não é mais uma preocupação exclusiva de estados brasileiros das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, nas quais há maior incidência de casos. De acordo com o mais recente boletim do Ministério da Saúde, divulgado na última terça-feira, dia 29, a circulação autóctone agora já ocorre em todo o território do Brasil.
A constatação foi feita a partir da notificação de casos da doença nos últimos quatro estados que ainda não haviam registrado ocorrências: Acre, Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo as informações repassadas pelas Secretarias de Saúde dos Estados, já são 944 casos de microcefalia confirmados no país. Eles sugerem infecção congênita.
Casos de zika e microcefalia no Brasil
Além das ocorrências em que a presença do vírus zika foi identificada nos bebês com microcefalia, o Ministério da Saúde segue investigando 4.291 casos suspeitos da doença e outras alterações do sistema nervoso, que parecem ser resultado de infecção congênita. Até agora, 1.541 deles também já tiveram essa relação descartada.
Para se ter uma ideia da incidência do vírus no país, desde que o Ministério iniciou as investigações, em 22 outubro de 2015, foram registrados 6.776 casos suspeitos de microcefalia. As ocorrências estão distribuídas em 1.285 municípios diferentes, espalhados em todas as regiões do Brasil.
A maioria das notificações (78%) se concentram na região Nordeste. Pernambuco é o estado que reúne o maior número de casos investigados em andamento: são 1.207. Na sequência, aparecem Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Ceará.
Entre os novos estados que registraram a presença da zika, o Acre aparece com o maior número de suspeitas de microcefalia, com 28 ocorrências registradas. O boletim do Ministério da Saúde informa ainda que até o dia 26 deste mês foram anotados 208 óbitos – fetais ou neonatais – suspeitos de alterações do sistema nervoso central.
Vírus da zika: sintomas mais comuns
Com a presença do vírus da zika confirmada pelo Ministério da Saúde em todo o país, ninguém está isento de tomar precauções e ficar atento aos sintomas da doença. Vale lembrar que ela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e suas manifestações começam a aparecer cerca de 10 dias depois.
Os sintomas da infecção por zika incluem febre baixa, dor nos músculos e articulações, dor de cabeça, cansaço generalizado, vermelhidão nos olhos e manchas vermelhas na pele. São indícios semelhantes ao de outras doenças transmitidas pelo aedes, como a dengue.
Na dúvida, a orientação é buscar auxílio médico para um diagnóstico rápido e a realização do tratamento sem complicações. As grávidas precisam ter especial cuidado, principalmente diante da suspeita de associação do vírus com a microcefalia e outros problemas neurológicos em bebês.
Utilizar repelente, colocar telas de proteção nas janelas, não deixar água parada em potes, piscinas e pneus e matar os mosquitos com raquete são medidas que ajudam a evitar a proliferação e a picada do aedes.
E aí, o que você faz para combater o vírus zika? Compartilhe com a gente! Também comente suas experiências e aproveite para tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!