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Entenda quando a febre pode ser perigosa

Por Redação Fortíssima 11/07/2016

A temperatura do corpo humano é constante e varia apenas dependendo do horário do dia. Em média, ela fica em torno de 36Cº (pela manhã) a 37Cº (à noite). Alterações inesperadas, portanto, podem ser sinais de infecção ou até alterações mais graves no organismo, como a presença de algum tumor. É por isso que a febre exige atenção.

Paulo Olzon Monteiro da Silva, infectologista e clínico geral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que a febre se caracteriza pela temperatura corporal acima dos valores mencionados. Isso ocorre quando o hipotálamo, parte do cérebro responsável por regular essa temperatura, entra em contato com determinadas proteínas ou partículas.

O que causa a febre?

De acordo com o especialista, a febre costuma ser desencadeada por vírus, bactérias, fungos e protozoários presentes no organismo. Eles é que liberam as partículas e proteínas que, em contato com o hipotálamo, desregulam a temperatura do corpo. Mas há ainda outras possíveis causas por trás do quadro.

Segundo Silva, tumores e glóbulos brancos também podem ter uma relação direta com a alteração da temperatura corporal, assim como doenças específicas, como as reumáticas. “Até mesmo o uso de alguns remédios pode causar febre”, acrescenta o médico. Ele ressalta que, eventualmente, problemas emocionais ocasionam febre baixa.

O mais importante, portanto, é ficar atento às causas do problema. “A febre, por si só, dificilmente causa problemas. Mas ela é indicativa de alguma doença – e esta sim deve ser investigada quanto à sua causa”, salienta o infectologista.

Febre

Febre alta geralmente é sinal de infecção. Foto: iStock, Getty Images

Saiba quando a febre alta é sinal de perigo

A febre se torna um sintoma preocupante quando o problema que está por trás dela não é tratado e há uma predisposição do indivíduo para complicações. “Quando muito elevada, ela pode até provocar convulsões”, explica o infectologista. Mas usar muitos remédios para controlar o quadro também não é o mais indicado.

“Há uma condição chamada de hipertermia maligna, que pode ser causada pelo uso de medicação anestésica. Ela deve ser tratada com muito rigor, pois o corpo pode atingir temperaturas muito elevadas a ponto de causar a morte”, alerta Silva. Diante de um episódio de febre, a melhor alternativa é procurar um médico para detectar as causas do sintoma.

Já quando o assunto é a necessidade baixar a febre, o médico é categórico: tudo depende de como o paciente está reagindo. “Ela é sentida de formas diferentes pelas pessoas. Há as que, mesmo com temperatura muito elevada, ainda se sentem bem, mas há também as que se sentem muito mal com pequenas elevações”, esclarece.

De acordo com o médico, como o próprio corpo se encarrega de aumentar a produção de anticorpos diante de uma febre, não há necessidade de tentar baixá-la. Mas se a pessoa se sentir muito mal, banhos mornos e antitérmicos via oral são alternativas para atenuar o incômodo.

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