Clínica Geral

Entenda quando a cirurgia para retirada do útero é necessária

Por Redação Doutíssima 19/08/2015

A retirada do útero, chamada de histerectomia, pode ser tanto uma medida preventiva quanto um recurso utilizado para tratar uma doença. No caso de tratamentos, o procedimento pode ser aplicado para combater o câncer de colo de útero, sangramentos disfuncionais, hemorragias incontroláveis, crescimentos não malignos do útero e outros danos irreparáveis ao órgão.

 

Antes de ler mais sobre procedimento em si, é importante saber das características do órgão. O útero tem peso aproximado de 90 gramas e pode suportar até cinco mililitros de líquido.  É ele que abriga o bebê durante a gravidez. Ao final da gestação, ele pode pesar até mais de um quilo, e a capacidade de armazenamento de líquido é de mais cinco litros.

retirada do utero

A remoção do útero pode ser um procedimento indicado para quando há danos no órgão. Foto: Shutterstock

 

Retirada do útero é cirurgia frequente no mundo

Conforme um estudo publicado em 2013 na revista Reprodução & Climatério, da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, a retirada do útero é um procedimento muito comum no mundo. Dados em relação ao Brasil apontam cerca de 200 mil casos desse procedimento a cada ano. Nos Estados Unidos, esse número é maior e chega a 600 mil casos por ano.

A forma como se dará o procedimento vai depender muito do problema que a paciente apresentar. Pode ser que apenas uma parte seja removida ou todo o órgão.

Na chamada histerectomia subtotal, o médico cirurgião vai remover somente a parte superior do órgão, mantendo-o em seu lugar. Já na histerectomia total, como o nome define, todo o útero é retirado.

Há, ainda, a histerectomia radical, que é a retirada do útero integralmente junto com tecidos e ligamentos, além do colo do útero e a parte superior da vagina. Esse tipo de procedimento é mais indicado quando a paciente sofre de câncer. Pode acontecer também de haver necessidade de retirada total dos ovários na mesma intervenção.

O médico pode optar, de acordo com as necessidades e situação da paciente, entre três tipos de procedimentos cirúrgicos para fazer a retirada do útero.

A histerectomia abdominal é realizada através de um corte no abdômen. A vaginal é a retirada do órgão através da vagina e a videolaparoscopia é a intervenção cirúrgica feita através de orifícios na área abdominal.

Riscos da retirada do útero

Os riscos da retirada do útero são os de qualquer tipo de cirurgia, mas pode haver outros incomuns e reversíveis, assim como efeitos colaterais, que podem ser tratados. A questão mais grave e irreversível é que a paciente vai parar de menstruar e não terá mais a capacidade reprodutiva.

No entanto, é raro que mulheres jovens precisem passar por esse procedimento. Na maior parte dos casos, são pessoas que já passaram pelo período reprodutivo ou já tiveram a quantidade de filhos que desejavam.

Algumas das complicações que podem ocorrer durante a cirurgia são lesões no intestino, na bexiga ou nos canais que ligam os rins à bexiga, os ureteres.

A recuperação da paciente após a histerectomia vai depender da forma que a operação foi realizada, mas o período de limitações pode chegar a quatro meses. Depois do tempo indicado de repouso e recuperação, não deve haver alteração na vida sexual da paciente.

 

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